CALVÁRIO DE UMA MÃE
Quereis um exemplo de paciência e resignação de uma mãe sublime e heróica?
Foi sempre boa aquela senhora. Nascera na pobreza e nos trabalhos dos campos passara os anos da juventude. Quando estava para completar vinte e cinco anos casou-se com um môço bom como ela, e, como ela, lavrador de pobres campos, que eram tôda a sua fazenda.
Tiveram cinco filhos: três meninos e duas meninas. Estavam todos ainda na infância, quando lhes morreu o pai. A pobre viúva pôs a sua confiança naquele Senhor que nos livros sagrados se chama a si mesmo "consôlo e amparo das viúvas". E não esperou em vão. Trabalhou muito a pobre mãe; mas afinal teve a consolação de ver que seus filhos cresciam fortes e bons. Naquela casa não faltava o pão ganho com o trabalho honesto e comido em paz e graça de Deus.
O mais velho dos filhos disse um dia à mãe: "Mãe, vou a N. para ver se ganho algum dinheiro para nós". Foi a N. e, poucos dias depois de lá chegar morreu.
Disse o segundo filho: "Mãe eu não vou a N.; vou à Capital à procura de uma colocação para que não tenhas de trabalhar tanto". E foi à Capital; mas apenas lá chegou, pereceu num incêndio.
O terceiro filho disse um dia à mãe: "Mãe, eu não vou nem a N. nem à Capital; ficarei em casa cultivando nossos pobres campos. Deus jamais nos negará um pedaço de pão". E um dia subiu a um morro em companhia de um amigo; e êste, ao experimentar uma arma, sem querer desfechou-lhe um tiro e matou-o; e o pobre ali ficou no meio do caminho estendido e banhado no próprio sangue.
A filha mais velha, derramando lágrimas sôbre os finados irmãos, disse à mãe: "Mãe, que pecado teremos cometido para que Deus nos prove tanto? Vou para o convento". E para o convento foi; e oito dias depois a levavam ao cemitério.
Por fim, a última filha, que contaria uns dezesseis anos, disse à mãe: "Mãe, não chores; enquanto eu viver, não te faltará um pedaço de pão. Vou para a cidade aprender costura e corte". E fooi, para a cidade; mas, no primeiro motim comunista, uma bala perdida varou-lhe a cabeça e ela caiu morta.
A mãe não tinha mais lágrimas nos olhos. Inclinava a cabeça, chorava e rezava. Por fim, ficou doente, teve de meter-se na cama, onde, durante anos, dores horríveis não lhe deram descanso. Contudo, a Providência divina não a desamparou: nunca faltaram almas boas que cuidassem dela.
Um missionário, que por ali pregava, foi um dia visitá-la. Sentou-se à cabeceira do carte e ela contou-lhe a sua trágica história. Quando terminou, chorava e soluçava.
- Filha - disse-lhe o Padre Missionário - estás agora conformada com a vontade de Deus?
- Padre - respondeu - já sou velha; já completei oitenta e quatro anos. Oitenta e quatro anos, Padre, dizendo muitas vêzes ao dia: "Faça-se a vossa vontade, assim na terra como no céu".
Virou a cabeça e fixou o crucifixo pendurado à parede. Era êle a sua esperança.
Aí tendes uma mulher simples, uma mulher camponesa, que aprendeu, na sua fé e no seu amor a Deus, a lição dificílima da paciência e da conformidade nas penas e dores da vida.
Quereis um exemplo de paciência e resignação de uma mãe sublime e heróica?
Foi sempre boa aquela senhora. Nascera na pobreza e nos trabalhos dos campos passara os anos da juventude. Quando estava para completar vinte e cinco anos casou-se com um môço bom como ela, e, como ela, lavrador de pobres campos, que eram tôda a sua fazenda.
Tiveram cinco filhos: três meninos e duas meninas. Estavam todos ainda na infância, quando lhes morreu o pai. A pobre viúva pôs a sua confiança naquele Senhor que nos livros sagrados se chama a si mesmo "consôlo e amparo das viúvas". E não esperou em vão. Trabalhou muito a pobre mãe; mas afinal teve a consolação de ver que seus filhos cresciam fortes e bons. Naquela casa não faltava o pão ganho com o trabalho honesto e comido em paz e graça de Deus.
O mais velho dos filhos disse um dia à mãe: "Mãe, vou a N. para ver se ganho algum dinheiro para nós". Foi a N. e, poucos dias depois de lá chegar morreu.
Disse o segundo filho: "Mãe eu não vou a N.; vou à Capital à procura de uma colocação para que não tenhas de trabalhar tanto". E foi à Capital; mas apenas lá chegou, pereceu num incêndio.
O terceiro filho disse um dia à mãe: "Mãe, eu não vou nem a N. nem à Capital; ficarei em casa cultivando nossos pobres campos. Deus jamais nos negará um pedaço de pão". E um dia subiu a um morro em companhia de um amigo; e êste, ao experimentar uma arma, sem querer desfechou-lhe um tiro e matou-o; e o pobre ali ficou no meio do caminho estendido e banhado no próprio sangue.
A filha mais velha, derramando lágrimas sôbre os finados irmãos, disse à mãe: "Mãe, que pecado teremos cometido para que Deus nos prove tanto? Vou para o convento". E para o convento foi; e oito dias depois a levavam ao cemitério.
Por fim, a última filha, que contaria uns dezesseis anos, disse à mãe: "Mãe, não chores; enquanto eu viver, não te faltará um pedaço de pão. Vou para a cidade aprender costura e corte". E fooi, para a cidade; mas, no primeiro motim comunista, uma bala perdida varou-lhe a cabeça e ela caiu morta.
A mãe não tinha mais lágrimas nos olhos. Inclinava a cabeça, chorava e rezava. Por fim, ficou doente, teve de meter-se na cama, onde, durante anos, dores horríveis não lhe deram descanso. Contudo, a Providência divina não a desamparou: nunca faltaram almas boas que cuidassem dela.
Um missionário, que por ali pregava, foi um dia visitá-la. Sentou-se à cabeceira do carte e ela contou-lhe a sua trágica história. Quando terminou, chorava e soluçava.
- Filha - disse-lhe o Padre Missionário - estás agora conformada com a vontade de Deus?
- Padre - respondeu - já sou velha; já completei oitenta e quatro anos. Oitenta e quatro anos, Padre, dizendo muitas vêzes ao dia: "Faça-se a vossa vontade, assim na terra como no céu".
Virou a cabeça e fixou o crucifixo pendurado à parede. Era êle a sua esperança.
Aí tendes uma mulher simples, uma mulher camponesa, que aprendeu, na sua fé e no seu amor a Deus, a lição dificílima da paciência e da conformidade nas penas e dores da vida.
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