A MENINA QUE REZAVA PELOS AVIADORES
Do alto do púlpito um dos mais famosos oradores contemporâneos da Espanha dirigia sua palavra eloqüente a um seleto auditório.
Era na festa de Nossa Senhora de Loreto e êle falava aos aviadores que a haviam escolhido por padroeira. Falou-lhes assim:
"Aviadores de minha pátria, ainda vos lembrais? Era nos primeiros dias do nosso Movimento contra o comunismo. Vós, tôdas as manhãs, em vossos aviões de bombardeio, em formação impecável, voáveis sôbre terras de Castela, e, ousados e destemidos, internando-vos nas zonas montanhosas de Biscaia, íeis romper com vossas bombas o cinturão de ferro de Bilbao.
O que, porém, não sabeis é que ali, nas margens do Ebro, todos os dias, guardando o seu rebanho, estava uma menina que não passaria dos onze anos. Ao ver-vos ficava emocionada: ajoelhava-se e com as mãos postas rezava a Nossa Senhora por vós para que triunfásseis dos inimigos de Deus e da Espanha, e para que não sofrêsseis nenhuma desgraça. E quando em vossos aviões desaparecíeis ao longe, a menina, sempre de joelhos, levava os dedos da mão direita à boca, imprimia nêles um beijo e vo-lo mandava a vós, heróis da pátria e soldados da fé.
Os aviões tinham já desaparecido e a menina continuava ainda de joelhos rezando por vós. Graças a Deus estais com vida.
Não deveis (quem sabe?) a vossa vida às orações daquele anjo de onze anos que guardava seu rebanho de ovelhas em terras de Castela?"
E aquêles frios aviadores, acostumados a desafiar a morte e a permanecer tranqüilos e calmos no meio dos tremendos perigos dos ares, choravam como crianças.
Do alto do púlpito um dos mais famosos oradores contemporâneos da Espanha dirigia sua palavra eloqüente a um seleto auditório.
Era na festa de Nossa Senhora de Loreto e êle falava aos aviadores que a haviam escolhido por padroeira. Falou-lhes assim:
"Aviadores de minha pátria, ainda vos lembrais? Era nos primeiros dias do nosso Movimento contra o comunismo. Vós, tôdas as manhãs, em vossos aviões de bombardeio, em formação impecável, voáveis sôbre terras de Castela, e, ousados e destemidos, internando-vos nas zonas montanhosas de Biscaia, íeis romper com vossas bombas o cinturão de ferro de Bilbao.
O que, porém, não sabeis é que ali, nas margens do Ebro, todos os dias, guardando o seu rebanho, estava uma menina que não passaria dos onze anos. Ao ver-vos ficava emocionada: ajoelhava-se e com as mãos postas rezava a Nossa Senhora por vós para que triunfásseis dos inimigos de Deus e da Espanha, e para que não sofrêsseis nenhuma desgraça. E quando em vossos aviões desaparecíeis ao longe, a menina, sempre de joelhos, levava os dedos da mão direita à boca, imprimia nêles um beijo e vo-lo mandava a vós, heróis da pátria e soldados da fé.
Os aviões tinham já desaparecido e a menina continuava ainda de joelhos rezando por vós. Graças a Deus estais com vida.
Não deveis (quem sabe?) a vossa vida às orações daquele anjo de onze anos que guardava seu rebanho de ovelhas em terras de Castela?"
E aquêles frios aviadores, acostumados a desafiar a morte e a permanecer tranqüilos e calmos no meio dos tremendos perigos dos ares, choravam como crianças.
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