19 de junho de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 127

COMO MORRE UM VIGÁRIO

O pároco de Constantina, em terras de Sevilha, era um homem de fé ardente.
Prenderam-no os bárbaros comunistas, lançaram-no numa asquerosa prisão, deram-lhe muitas pauladas, negaram-lhe todo o alimento e, por fim, fizeram em nome do comunismo o que não poderiam deixar de fazer, isto é, saquearam a casa paroquial e a igreja.
Mas foram mais longe: conduziram-no à praça pública e ali o apresentaram àqueles mesmos paroquianos pelos quais êle trabalhara durante vinte e seis anos. A multidão, enfurecida pelos vermelhos, saciou contra êle o seu ódio vil.
Levaram-no outra vêz à igreja. Cinco dias durava já o martírio; há cinco dias que não via sua querida igreja paroquial. Ao entrar nela voltou-se com grave dignidade para aquêles sacrílegos, e disse-lhes:
- Perdôo-vos o que a mim me tendes feito; mas profanastes a igreja de Deus e sentireis o pêso da justiça divina...
Aproximou-se do altar do Santíssimo e... que dor! viu que as sagradas partículas tinham sido atiradas ao chão... Quis ajuntá-las... mas não pôde. Derrubaram-no por terra e ali mesmo o golpearam bàrbaramente. Quis dizer:
- Viva Cristo Rei! e não terminou. Um vil assassino atravessou-lhe a cabeça com uma bala...
Alguns meses mais tarde, a 15 de dezembro, quando a cidade de Constantina caiu em poder das tropas espanholas, ordenou a câmara que desentarrassem o cadáver do pároco. Estava perfeitamente incorrupto. Tinha sôbre o peito um crucifixo. Aquêle santo Cristo se lhe incrustara completamente na carne... Conseguiram separá-lo, mas a cruz ficou para sempre gravada no peito do mártir. Ficou incrustada a cruz em seu peito...
Trazei tambem vós no coração o espírito de Jesus Cristo e, estou certo, não deixareis de perdoar a todos os vossos inimigos.

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