11 de fevereiro de 2012

O Amor das Almas, S. Afonso de Ligório. CAPÍTULO XVI.

Do amor do Filho de Deus em ter querido morrer por nós.

1. Et ecce tempus tuum, tempus amantium... Et decora facta es vehementer nimis (Ezech. XVI, 8, 13). Quanto devemos ao Senhor nós, cristãos, que ele fez nascer depois da vinda de Jesus Cristo! O nosso tempo não é mais de temor, como era aquele dos hebreus, mas tempo de amor, tendo visto um Deus morto pela nossa salvação e para ser amado por nós. É de fé que Jesus nos amou, e, por nosso amor, deu-se à morte: Christus dilexit nos, et tradidit semetipsum pro nobis (Eph. V, 2). E quem teria podido fazer morrer um Deus onipotente, se ele mesmo voluntariamente não tivesse querido dar a vida por nós? Ego pono animam meam... Nemo tollit eam a me, sed ego pono eam a meipso (Io. X, 17, 18). Por isso nota S. João que Jesus, na sua morte, nos deu a última prova que podia dar-nos do seu amor: Cum dilexisset suos... in finem dilexit eos (Io. XIII, 1). Jesus, na sua morte, disse um devoto autor, deu-nos o maior sinal do seu amor, após o qual não lhe restou nada mais a fazer para demonstrar-nos o quanto nos amava: Summum dilectionis testimonium circa finem vitae in cruce monstravit (Contens. to. 2, l. 10, d. 4) [1].
Meu amado Redentor, vós, por amor, vos destes todo a mim: eu, por amor, dou-me todo a vós. Vós, pela minha salvação, destes a vida: eu, pela vossa glória, quero morrer quando e como vos agradar. Vós não tivestes mais a fazer para comprar-vos o meu amor: mas eu, ingrato, troquei-o por nada. Meu Jesus, arrependo-me disso de todo o coração, perdoai-me vós pela vossa Paixão; e, em sinal do perdão, dai-me o auxílio para amar-vos. Eu sinto em mim, por vossa graça, um grande desejo de amar-vos, e me resolvo a ser todo vosso; mas vejo a minha fraqueza e vejo as traições que vos fiz; vós só podeis socorrer-me e tornar-me fiel. Ajudai-me, meu amor, fazei que eu vos ame e nada mais vos peço.
2. Diz o B. Dionísio Cartuxo que a Paixão de Jesus Cristo foi chamada um excesso: Et dicebant excessum eius, quem completurus erat in Ierusalem (Luc. IX, 31), porque foi um excesso de piedade e de amor: Dicitur Passio Christi excessus, quia in ea ostensus est excessus dilectionis et pietatis [2]. Ó Deus! E que fiel poderia viver sem amar a Jesus Cristo, se frequentemente meditasse na sua Paixão? As chagas de Jesus, diz S. Boaventura, porque são chagas de amor, são dardos e chamas que ferem os corações mais duros e encendeiam as almas mais gélidas: O vulnera corda saxea vulnerantia et mentes congelatas inflammantia! [3] O B. Henrique Susão, um dia, para imprimir mais no seu coração o amor a Jesus apaixonado, tomou um ferro cortante e esculpiu-se, a caracteres de feridas, sobre o peito, o nome do seu amado Senhor; e, estando assim banhado de sangue, foi à Igreja, e, prostrado diante do Crucifixo, disse-lhe: “Ó Senhor, único amor da minha alma, olhai o meu desejo: eu teria querido inscrever-vos mais adentro no meu coração, mas não posso. Vós, que podeis tudo, supri o que falta às minhas forças, e, no mais profundo do meu coração, imprimi o vosso nome adorado, de tal modo que não se possa mais apagar dele nem o vosso nome nem o vosso amor” [4].
Dilectus meus candidus et rubicundus, electus ex millibus (Cant. V, 10). Ó meu Jesus, vós sois todo cândido pela vossa ilibada inocência; mas estais, sobre esta cruz, todo rubicundo de chagas sofridas por mim. Eu vos escolho como único objeto do meu amor. E quem quero amar, se não vos amo a vós? Que objeto, entre todos, eu posso encontrar mais amável que vós, meu Redentor, meu Deus, meu tudo? Amo-vos, ó Senhor amabilíssimo, amo-vos sobre todas as coisas. Fazei que eu vos ame com todo o meu afeto e sem reserva.
3. Oh si scires mysterium crucis, disse S. André ao tirano! [5] Ó tirano, ele quer dizer, se tu entendesses o amor que te teve Jesus Cristo em querer morrer sobre uma cruz para salvar-te, tu deixarias todos os teus bens e esperanças terrenas, para dar-te todo ao amor deste teu Salvador. O mesmo se deve dizer àqueles fiéis que creem na Paixão de Jesus, mas não pensam nela. Ah, se todos os homens pensassem no amor que Jesus Cristo nos demonstrou na sua morte, quem o poderia não amar? Ele, o amado Redentor, diz o Apóstolo, para este fim morreu por nós: a fim de que, com o amor que nos demonstrou na sua morte, se fizesse patrão dos nossos corações. In hoc Christus mortuus est et resurrexit, ut et mortuorum et vivorum dominetur. Sive ergo vivimus, sive morimur, Domini sumus (Rom. XIV, 9, 8). Quer, pois, morramos, quer vivamos, é justo que sejamos todos de Jesus, que a tanto custo nos salvou. Ó, que pudesse dizer como dizia o enamorado S. Inácio mártir, que teve a sorte de dar a vida por Jesus Cristo: Ignis, crux, bestiae, et tota tormenta in me veniant: tantum ut Christo fruar! [6] Venham sobre mim as chamas, as cruzes, as feras e todos os tormentos, desde que eu adquira e goze o meu Jesus Cristo.
Ó meu caro Senhor, vós morrestes para conquistar a minha alma; mas que fiz eu para conquistar-vos a vós, bem infinito? Ah meu Jesus, quantas vezes vos perdi por nada! Miserável de mim, que já sabia que perdia a vossa graça com o meu pecado, conhecia que vos dava um grande desgosto, e, mesmo assim, o fiz! Consola-me o tratar-se de uma bondade infinita, que se esquece das ofensas quando um pecador se arrepende e o ama. Sim, meu Deus, arrependo-me e vos amo. Perdoai-me vós e vós dominais, de hoje em diante, sobre este meu coração rebelde. Eu a vós o entrego; a vós me dou todo inteiro. Dizei-me o que quiserdes, que eu quero fazê-lo todo. Sim, meu Senhor, quero amar-vos, quero contentar-vos em tudo; dai-me força, e espero fazê-lo.
4. Jesus, com a sua morte, não terminou de amar-nos; ele nos ama e nos vai procurando com o mesmo amor com o qual veio do céu procurar-nos e morrer por nós. - É célebre a fineza de amor que demonstrou o Redentor a S. Francisco Xavier quando, viajando pelo mar, numa tempestade, foi-lhe tirado, por uma onda, o seu Crucifixo. Chegado que foi o santo à costa, estava triste e anelava por recuperar a imagem do seu amado Senhor; e eis que viu um caranguejo que vinha à sua volta com o Crucifixo içado nas suas pinças. Ele, então, foi-lhe ao encontro, e, com lágrimas de enternecimento e de amor, recebeu-o e apertou-o ao peito [7]. Ó, com que amor vai Jesus à alma que o procura! Bonus est Dominus... animae quaerenti illum (Thren. III, 25), mas à alma que o procura com verdadeiro amor. Mas podem pensar ter este verdadeiro amor aqueles que recusam as cruzes que lhe são enviadas pelo Senhor? Christus non sibi placuit (Rom. XV, 3). Christus, expõe Cornélio de Lápide, suae voluntati et commodis non servivit, sed ea omnia et vitam pro nostra salute exposuit [8]. Jesus, por nosso amor, não procurou prazeres terrenos, mas procurou as penas e a morte, apesar de ser inocente: e nós, que procuramos por amor de Jesus Cristo? Lamentava-se um dia S. Pedro mártir, estando no cárcere por uma injusta acusação que lhe fora feita, e dizia: “Mas, Senhor, que fiz eu, para que padeça esta perseguição?” Respondeu-lhe o Crucificado: “E eu, que mal eu fiz, que tive de estar sobre esta cruz?” [9].
Ó meu caro Salvador, dissestes que mal fizestes? Amastes-nos demais, enquanto, por nosso amor, quisestes padecer tanto. E nós, que, pelos nossos pecados, merecíamos o inferno, recusaremos padecer aquilo que vós quereis para o nosso bem? Vós, meu Jesus, sois todo amor com quem vos procura. Eu não procuro as vossas doçuras e consolações: procuro só a vós e a vossa vontade. Dai-me o vosso amor, e então tratai-me como vos agradar. Abraço todas as cruzes que me mandardes, pobreza, perseguições, enfermidades, dores; livrai-me só do mal do pecado, e depois carregai-me de todo outro mal. Tudo será pouco diante dos males que vós sofrestes por meu amor.
5. Ut servum redimeret, nec Pater Filho, nec sibi Filius ipse pepercit, disse S. Bernardo (Ser. in fer. IV hebd.) [10]. Então, para libertar o escravo, o Pai não perdoou o Filho e o Filho não perdoou a si mesmo. E, depois de um amor tão grande para com os homens, poderá haver homem que não ame este Deus tão amoroso? Escreveu o Apóstolo que Jesus morreu por todos nós, a fim de que nós vivêssemos só para ele e para o seu amor: Pro omnibus mortuus est Christus, ut et qui vivunt, iam non sibi vivant, sed ei qui pro ipsis mortuus est (II Cor. V, 15). Mas, ai, que a maior parte dos homens, depois de morrer por eles um Deus, vivem para os pecados, para o demônio, e não para Jesus Cristo! Dizia Platão que o amor é a calamidade do amor: Magnes amoris amor [11]. E Sêneca replicava: Ama, se queres ser amado: Si vis amari, ama [12]. E Jesus, que, morrendo pelos homens, parece que tenha enlouquecido por nosso amor - Stultum visum est, ut pro hominibus auctor vitae moreretur, diz S. Gregório (Hom. 6) [13] - como ocorre que, após tantos sinais de amor, não pode atrair para si os nossos corações? Como, amando-nos tanto, não chegou ainda a fazer-se amar por nós?
Ó, que vos amassem todos os homens, meu Jesus amabilíssimo! Vós sois um Deus digno de amor infinito. Mas, meu pobre Senhor, permiti-me que assim vos chame eu, vós sois tão amável, vós fizestes e sofrestes tanto para ser amado pelos homens, mas quantos, depois, são aqueles que vos amam? Vejo quase todos os homens aplicados a amar, quer os parentes, quer os amigos, quer as carniças, quer as riquezas, as honras, os prazeres, e até as bestas: mas quantos são os que vos amam a vós, amável infinito? Ó Deus, são por demais poucos, mas, entre estes poucos, quero estar eu, miserável pecador, que um tempo também vos ofendi, amando o fogo e apartando-me de vós; mas agora vos amo e vos estimo sobre todos os bens, e só a vós quero amar. Perdoai-me, meu Jesus, e socorrei-me.
6. Portanto, ó cristão, dizia S. Cipriano, Deus se contentou contigo até o ponto de morrer para comprar o teu amor, e tu não serás contente com Deus, de modo que amarás outros objetos fora do teu Senhor? Contentus est te Deus, et tu non eris contentus Deo tuo (S. Cipr. ap. Contens. 1. c.) [14]. - Ah, não, meu amado Jesus, eu não quero outro amor em mim, que não seja por vós; eu me contento convosco: renuncio a todos os outros afetos, basta-me só o vosso amor. Ouço-vos dizer-me: Pone me ut signaculum super cor tuum (Cant. VIII, 6). Sim, meu Jesus crucificado, eu vos coloco, e colocai-vos também vós, como selo sobre o meu coração, a fim de que fique fechado a todo afeto que não tende a vós. No passado, desgostei-vos com outros amores, mas, no presente, não há pena que mais me aflija do que lembrar-me de ter, com os meus pecados, perdido o vosso amor. No futuro, quis... me separabit a caritate Christi? [15] Quem me separará do vosso amor?
Não, meu amabilíssimo Senhor, depois que me fizestes conhecer o amor que me tivestes, eu não quero mais viver sem vos amar. Amo-vos, meu amor crucificado; amo-vos de todo o coração, e vos dou esta minha alma, tão procurada e amada por vós. Pelos méritos da vossa morte, que com tanta dor separou a vossa bendita alma do vosso corpo, separai-me de todo amor que possa me impedir de ser todo vosso e de amar-vos com todo o meu coração.
Maria, esperança minha, ajudai-me vós a amar só o vosso dulcíssimo Filho, de modo que eu possa dizer com verdade, em toda a minha vida: Amor meus crucifixus est, Amor meus crucifixus est [16]. Amém.

Oração de S. Boaventura [17]

Ó Jesus, que, por mim, não vos perdoastes nem a vós mesmo, imprimi em mim a vossa Paixão, a fim de que eu, para onde me volte, veja as vossas chagas, e não encontra outro repouso senão em vós e em meditar as vossas penas. Amém.
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Notas:

[1]: “Summum dilectionis testimonium circa finem vitae suae in ipsa ara crucis monstravit.” Vinc. CONTENSON, O. P., Theologia mentis et cordis, lib. 10, dissertatio 4, cap. 1, speculatio 1, Quartus excessus.

[2]: “Dicitur autem Passio seu mors Christi excessus, quia in eo ostensus est excessus summae dilectionis et pietatis eius ad nos, et propter excessivum eius dolorem pro nobis, atque ob excessivam crudelitatem Iudaeorum in eum. Denique in libro Machabaeorum (II Mach. X, 9) habetur quod Antiochi vitae excessus ita se habuit: quo patet quod per vitae excessum mors designetur.” B. DIONYSIUS CARTUSIANUS, Enarratio in Evangelium secundum Lucam, art. 24 (in cap. IX, 31).

[3]: “O vulnera corda saxea vulnerantia, et mentes congelatas infiammantia, et pectora adamantina liquefacientia prae amore!” Stimulus amoris, pars 1, cap. 1. Inter o era S. Bonaventurae, VII, 194. Lugduni (post editiones Vaticanam et Germanicam), 1668. - Vide Apêndice, 2, 5°.

[4]: “Eia, inquit, Domine, amor unice cordis et animae meae, adspice ingens animi mei desiderium. Equidem non possum te penitus mihi imprimere. Tu igitur obnixe rogatus, perfice, Domine, quod superest, teque mei cordis fundo profundius imprimas, sanctumque nomen tuum adeo in me consignes et insculpas, ut numquam possis aboleri et separari a corde meo.” B. HENRICUS SUSO, O. P., Opera, a Laurentio Surio Cartusiano latine reddita, Coloniae Agrippinae, 1588, pag. 456; Vita, cap. 5.

[5]: “O si velles scire mysterium crucis!” Presbyterorum et diaconorum Achaiae Epistola de martyrio S. Andreae Apostoli. MG 2-1122.

[6]: “Ignis et crux, ferarum catervae, lacerationes, distractiones, disiunctiones ossium, concisio membrorum, totius corporis contusiones, dira diaboli tormenta in me veniant: solummodo ut Iesum Christum consequar.” S. IGNATIUS Antiochenus, Epistola ad Romanos, n. 5. MG 5-691. - “Ignis, crux, bestiae, confractio ossium, membrorum divisio, et totius corporis contritio, et tota tormenta diaboli, in me veniant, tantum ut Christo fruar.” S. HIERONYMUS, De viris illustribus, cap. XVI, ML 23-635.

[7]: Giuseppe MASSEI, Vita di S. Francesco Saverio, lib. 2, cap. 9, n. 7.

[8]: “Christus suae voluntati, naturae, quieti et commodis non servivit, ut nos et nostra negligeret, sed ea omnia et vitam suam pro nostra salute exposuit.” CORNELIUS A LAPIDE, In Epistolam ad Romanos (in cap. XV, 3).

[9]: Due volte parlò a quel modo il Crocifisso a S. Pietro martire: THOMAS DE LENTINO, Vita, cap. 1, n. 6; cap. 3, n. 24; inter Acta Sanctorum Bollandiana, die 29 aprilis. - Vide Apêndice, 7.

[10]: S. BERNARDUS, In feria IV Hebdomadae Sanctae, sermo de Passione Domini, n. 4. ML 183-264.

[11]: “Veluti aer et echo a levibus solidisque repulsa corporibus, eodem, unde venerunt, iterum reflectuntur; ita pulchritudinis ille fluxus rursus in pulchrum per oculos refluens, qua penetrare in animam consuevit, adeo pennarum meatur irrigat, ut et possint iam et incipiant pullulare, atque ita amati animum mutuo implet amore.” PLATO, Phaedrus vel de Pulchro (post medium). Opera omnia, interprete Marsilio Ficino, Venetiis, 1556, pag. 309, col. 2.

[12]: “Hecaton ait: “Ego tibi monstrabo amatorium sine medicamento, sine herba, sine ullius veneficae carmine. Si vis amari, ama!” SENECA, Epistola, 9, de sapientis amicitia.

[13]: Stultum quippe hominibus visum est ut pro hominibus auctor vitae moreretur.” S. GREGORIUS MAGNUS, Quadraginta homiliarum in Evangelia lib. 1, hom. 6, n. 1. ML 76-1096.

[14]: “Contentus est te Deus tuus, ait Cyprianus, et tu non eris contentus Deo tuo?” Vinc. CONTENSON, Theologia mentis et cordis, lib. 10, dissert. 4, cap. 1, speculatio 2, Latitudo caritatis. - “(Voluntas autem Dei est nos) Christo nihil omnino praeponere, quia nec nobis quidquam ille praeposuit.” S. CYPRIANUS, Liber de oratione dominica, n. 15. ML 4-529. - “Subiungendum post haec quod, redempti ac vivificati Christi sanguine, nihil Christo praeponere debeamus, quia nec ille quidquam nobis praeposuerit.” S. CYPRIANUS, Epistola ad Fortunatum de exhortatione martyrii, Praefatio, n. 6. ML 4-655.

[15]: Quis ergo nos separabit a caritate Christi? Rom. VIII, 35.

[16]: S. IGNATIUS MARTYR, Epistola ad Romanos, n. 7. MG 5- 694.


[17]: “Domine Iesu Christe, cor meum tuis vulneribus saucia, et tuo sanguine inebria animam meam, ut quocumque me vertam semper te videam crucifixum... ut sic in te totus tendens, nihil praeter te valeam invenire, nihil nisi tua vulnera valeam intueri. Haec mihi consolatio, tecum, mi Domine, vulnerari, haec intima sit mihi afflictio sub te aliquid meditari. Non quiescat cor meum, bone Iesu, donec inveniat te centrum suum... Amen.” Stimulus amoris, pars 1, post caput 2. Inter Opera S. Bonaventurae, VII, p. 196. Lugduni (post editiones Vaticanam et Germanicam), 1668. - Vide Apêndice, 2, 5°.

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