6 de fevereiro de 2012

Quinto Domingo depois da Epifania

A nossa vocação à fé é uma graça. Fomos chamados por misericórdia a fazer parte do corpo místico do Senhor, e é necessário agora, em virtude deste procedimento do senhor para conosco e da nossa própria natureza renovada de membros de Cristo, é necessário, digo, que usemos de misericórdia com todos. Esta caridade perfeita é difícil, sem duvida. Supõe a perseverança e o esforço continuado e faz-nos muitas vezes deixar sangue no caminho, porque o reino de Deus na terra esta em via de consumação. Ainda não é perfeito. E entre o trigo louro da seara que ondeia em vagas inebriantes de bondade, lá aparece o joio, que nos morde com fereza indomada de pragana estéril. Mas não nos compete arrancá-lo. Não. Transformá-lo em trigo, sim. E podemo-lo fazer se o regar-mos com o sangue da nossa dor e da nossa caridade. Às vezes há joio, que o é, por falta de quem lhe dê sangue.

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