28 de julho de 2018

Tesouro de Exemplos - Parte 535

SOU EU, O CARDEAL CULLEN!...

Era uma noite escura, tempestuosa, e chovia, quando um sacerdote foi chamado para atender a um moribundo num albergue, em Dublin, na Irlanda. Logo que o portador deu o recado, o padre dirigiu-se ao albergue, visitou o doente e administrou-lhe os Sacramentos.
Quando o padre saiu do quarto do doente, o dono do albergue (um protestante) convidou-o a tomar alguma coisa e, com o propósito de ganhá-lo para a seita, disse:
— Imagine, Padre, que orgulhosos são estes bispos e cardeais e como vivem luxuosamente; estou certo de que o cardeal mandou que o senhor fizesse esse longo trajeto debaixo de chuva, enquanto ele está sentado comodamente junto à estufa bebendo ponche.
— O senhor — disse o Padre — tem opinião falsa a respeito do Cardeal, que nunca faz coisa semelhante.
— E como o senhor sabe disso? — perguntou o albergueiro.
— Da melhor fonte — respondeu o Padre — o senhor ainda não perguntou pelo meu nome.
— E qual é o seu nome? — perguntou então o protestante.
— Cullen — disse o Padre, — eu sou o Cardeal Cullen.
O albergueiro põe-se em pé e diz:
— Perdão, Eminência, eu não o sabia; posso mandar preparar-lhe um carro?
— Não, sr., — respondeu o Cardeal; — volto como vim, pois já estou acostumado — e partiu.
Passados alguns dias, fez o albergueiro uma visita a Sua Eminência e manifestou-lhe o desejo de ser instruído na doutrina católica. O Cardeal indicou-lhe um sacerdote, a quem devia dirigir-se. Em pouco tempo, o albergueiro abjurou o protestantismo e fez-se católico.

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