A VOZ DA INOCÊNCIA
Numa igreja paroquial está se organizando a procissão de Sexta-feira Santa. Ao redor da Cruz, que será levada em procissão, agrupa-se uma multidão de fiéis. Junto a um altar lateral encontra-se um sacerdote.
Pouco distante dele, um menininho de três anos, mais ou menos, com uma das mãozinhas agarra-se a roupa do papai e, com a outra segura um buquêzinho de violetas. Graciosos cachos de cabelos louros emolduram seu rosto rechonchudo e sorridente; e os dois olhos, nos quais se nota um raio de inocência e precoce inteligência, estão fixos na Cruz.
Ele trouxe as violetas para Jesus Crucificado e está ansiado por ir depositá-las aos pés dele; mas... a multidão é tão grande. .. é impossível aproximar-se da Cruz.
Eis senão quando, vê o sacerdote junto ali do altar; imediatamente, puxando o papai pelo paletó e mostrando-lhe o sacerdote, diz: “Papai, olhe ali um padre; vou dar-lhe as violetas: não será a mesma coisa?”
E sem esperar resposta, oferece com rápido gesto o ramalhetezinho ao sacerdote.
Caro menino, não imaginas quão grande, quão bela e quão verdadeira é a palavra que acabas de dizer! Sim, o que se faz a um sacerdote é o mesmo que fazê-lo a Jesus.
Quem te ensinou isso?... Os teus bons pais?... O teu Anjo da Guarda?... Oxalá, quando fores grande, possas compreender e amar esta verdade! Oxalá tenhas tamanha fé que vejas sempre e unicamente Jesus no sacerdote!
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