A “FLOR DO BOSQUE”
S. Agostinho, chorando os erros e desvarios de sua mocidade, escreveu: “O nome de Jesus Cristo permaneceu sempre no fundo do meu coração; sem este nome, nenhum livro por profundo que fosse, era capaz de encher a minha alma; sempre ficaram no fundo do meu ser fibras delicadíssimas, que só esse nome sabia tocar e comover profundamente”.
— Será certo, senhor bispo, que Jesus Cristo morreu por mim? — perguntava um dia a seu catequista uma pobre órfãzinha.
— Minha filha — respondeu o prelado — Jesus morreu por ti e por todos os homens.
— Mas, — insistiu a pequena, — pensava Ele em mim? Agora Ele me vê? Sabe o meu nome?
— Sim, minha filha, — respondeu o santo catequista; — Jesus, quando sofria e morria, pensava em ti e em todos os homens; e agora sabe o teu nome e vê se és boa ou má.
A menina ficou pensativa... Foi a um bosque vizinho, colheu algumas flores, vendeu-as e com o produto adquiriu um crucifixo e, contente com aquele tesouro, retirou-se a seu bosque favorito, e ali passava horas e dias meditando na Paixão de seu Jesus. Roma toda a conhecia e amava. Como se chamava aquela jovenzinha? Ninguém o sabia: todos a chamavam a “Flor do bosque”.
Um dia a santa menina desapareceu. Foram procurá-la. Encontraram-na em sua querida solidão. Estava morta e recostada sobre um leito de folhas verdes sob os ramos de loureiros odoríferos. Suas mãos juntas apertavam ainda sobre o coração seu querido crucifixo...
Parecia um anjo adormecido!
Oh! como Jesus crucificado sabe atrair os corações!
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