8 de janeiro de 2017

Tesouro de Exemplos - Parte 253

O DIREITO DE SEGUIR A VIDA RELIGIOSA

Em Paris fundou-se um convento de capuchinhos em 1848. Muito tiveram que sofrer os religiosos ao verem-se freqüentemente perseguidos e vaiados pela plebe. Um dia o guardião topou com um individuo que lhe disse indignado:
— Como vos atreveis a sair à rua com essa veste grotesca e medieval? É uma afronta a um século como o nosso, que lançou por terra todas as vossas histórias absurdas.
— Quem sois vós? — perguntou o guardião sem alterar-se.
— Sou redator do jornal socialista “O Proletário” e partidário fervoroso dos direitos do homem proclamados pela Revolução Francesa. Meu único lema é: Liberdade, Igualdade, Fraternidade!
O capuchinho, com ar muito tranqüilo, disse-lhe então:
— Muito bem; pois é em virtude desse lema que tenho o direito de vestir como me aprouver e viver como entender. Sede ao menos conseqüente!
Parece que o socialista ficou convencido, pois pedindo desculpas ao frade e estendendo-lhe a mão cordialmente, disse: “Minhas palavras foram néscias; se existe liberdade, há de ser para todos”.

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