22 de fevereiro de 2016

Casamento e Família - Dom Tihamer Toth

Conferência X


O INTERESSE DA HUMANIDADE EXIGE TAMBÉM A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO.

Parte 2/9


Por que não se pode dissolver o casamento? Tal é a nova questão levantada nesta palestra.
Não se pode, porque o divórcio é uma tragédia, uma catástrofe, uma verdadeira maldição.
A - Uma maldição para o homem,
B - ainda mais para a mulher,
C - mas sobretudo para os filhos,
D - o divórcio é finalmente um verme roedor, o inimigo da ordem social e do bem geral.

A) O divórcio é uma maldição para o homem.
a - Não vêem alguns que pelo divórcio o homem perde também muitas coisas.
"Como? Torna-se ele livre como um pássaro. Que perde o pássaro quando sai da gaiola?" assim raciocinam talvez alguns espíritos.
Como é superficial e frívola esta maneira de pensar! Quem olha as relações entre o homem e a mulher, das alturas do cristianismo, vê a situação de outro modo. Percebe o abismo, em que, pelo divórcio, precipita-se também a alma do homem, e sente o abalo que faz tremer a sua alma, em consequência dessa separação.
Falarei francamente. O casamento indissolúvel e monógamo é uma exigência inquebrantável do cristianismo. Mesmo que não fosse um dogma cristão e uma lei moral, o interesse bem compreendido do homem o exigiria também, porque as relações entre o homem e a mulher não podem ser resolvidas de outra maneira, sem arruinar os valores morais da alma.
b - É nobre e sublime o sentimento que chamamos "eros" e que o Criador inflamou entre a alma do homem e da mulher. Quanto mais elevada é a tarefa que foi confiada a uma faculdade ou sentimento humano, mais terrível é a ruína quando ela se afasta de seu bom caminho.
Quem não conheceu jovens dotados de magníficos dons, destinados a um grande futuro, diante dos quais se abria uma carreira cheia de promessas e que caíram, asas quebradas, tornando-se inúteis e vencidos, porque se lançaram nos braços de Eros indomável? Como Dante via claro nas profundezas da alma humana, quando representava em seu "Inferno" os escravos de Eros lançados constantemente de um lado para outro, por uma tempestade terrível! Sim, este abatimento, vazio interior, esta instabilidade, este flutuar de um lado para outro, é a sorte reservada aos homens que quiserem se subtrair à constância da fidelidade e da monogamia.
Eis por que o divórcio é maldição também para o homem.




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