27 de fevereiro de 2016

Tesouro de Exemplos - Parte 66

NA BALANÇA DA CARIDADE

Uma vez, uma pobre viúva, desfeita num mar de lágrimas, pediu a um pio sacerdote que lhe desse cem escudos para fazer casar uma filha cuja honestidade corria perigo. Afligiu-se muito o santo por não possuir aquela quantia; mas, lembrando-se de um rico negociante, seu amigo, tomou uma tirazinha de papel e nela escreveu estas palavras: “Meu caro senhor, pelas entranhas da misericórdia de Deus, peço a V. S. que de a essa pobre senhora, para uma grave necessidade que padece, tantas moedas quanto pese este papel”.
Leu o negociante o bilhete e pensou consigo: Se não preciso dar mais moedas do que pesa este papel, com bem poucas socorrerei a pobre. Mas, como conhecia a santidade de seu amigo, pôs o papel no prato da balança, que, imediatamente, caiu até em baixo. Começou a por moedas no outro prato: uma, duas, cinco... e o prato com o papel não subia. Foi pondo mais e mais até que, inteirando cem escudos, a balança ficou no fiel. A viúva foi socorrida e espalhou por toda a parte a fama do prodígio.
Por ai se vê quanto pesa na balança de Deus tudo que se faz em favor dos pobres.

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