Vejo que todas as estações do ano se encontram nas vossas almas: às vezes, sentis um inverno de muita esterilidade, de muitas distrações, negligências e melancolias. Depois, vem o orvalho da primavera, com o perfume das florezinhas santas. Misturado ao calor do verão, vem o desejo de agradar ao Esposo divino. E ainda resta o outono, quando não conseguis ver grandes frutos. No entanto, ocorre, frequentemente, ao tempo de colher os cereais e de espremer as uvas, que a colheita é muito maior do que se esperava das ceifas e das vindimas.
Vós gostaríeis que tudo fosse primavera e verão: mas não, minhas queridas filhinhas, é preciso que haja essas vicissitudes internamente, assim como externamente.
No Céu tudo será primavera, quanto à beleza; tudo será outono, quanto ao regozijo; tudo será verão, quanto ao amor. Vós não tereis inverno algum. Mas, aqui na terra, o inverno é necessário, para que exerciteis a abnegação e outras mil virtudes que são exercitadas ao tempo da esterilidade.
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