UM PASSEIO PROVEITOSO
Um dia encontraram-se na antecâmara do Bispo D. José Sarto dois párocos, que esperavam audiência.
— Oh! Você também por aqui? — disse Tício ao amigo.
— Perfeitamente; fui convidado pelo Bispo para hoje e para esta hora, mas não sei qual o motivo do chamado.
— Ah! eu também fui convidado para este dia e para esta hora, e também não sei por que razão; mas veremos.
Justamente naquele instante aparecia o Bispo à porta e despedia uma pessoa. Vendo os dois párocos, vai-lhes ao encontro e todo sorridente diz:
— Oh! bravo! isso é que me agrada: fostes exatos em comparecer, mas eu estou um pouco cansado. Demos juntos um passeio ao ar livre, e assim trataremos também dos nossos negócios.
Imediatamente manda preparar a carruagem, convida os dois padres a subir e dirige-se para o vizinho Santuário de Nossa Senhora das Graças. A imprevista visita do Bispo desconcerta um pouco os religiosos.
— Não se perturbe, não se incomode, padre Guardião, — diz bondosamente o Bispo; — trata-se de uma obra de caridade. Vedes estes meus dois padres? Desde muito tempo, pobrezinhos, desejam encontrar um lugar solitário para fazer. um curso de exercícios espirituais. (Havia vários anos que os dois amigos não faziam retiro). Eu pensei naturalmente nos nossos bons Padres Franciscanos das Graças, que, espero, farão com prazer esse favor.
— Vossa Excelência manda, — disse o Padre Guardião.
— Pois bem, ao sr. os meus agradecimentos e, a vós, Reverendos, o auxilio do Senhor e a minha benção para tirardes grande fruto deste santo. retiro.
Em seguida, o Bispo sobe à carruagem e, deixando ali os dois párocos, toca para o palácio.
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