PARA O SANTO PADRE
Na época em que a Igreja foi injustamente espoliada dos Estados Pontifícios, algumas nobres damas de Viena promoveram uma coleta do óbulo de São Pedro à porta da igreja de Santo Estevão. A coisa não agradou a certo senhor anticlerical, o qual quis aproveitar-se da ocasião para desabafar seu ódio mesquinho contra a religião e os seus ministros. Passando diante de uma senhora que segurava a salva do óbulo, recusou-se acintosamente a dar-lhe qualquer esmola e, ao invés, voltando-se para uma pobre que mendigava ali ao lado, tirou do bolso uma nota de cem cruzeiros e entregou-lhe, dizendo bem alto: “Isto é para você; prefiro os verdadeiros pobres aos que comem e bebem lautamente e passeiam em carros de luxo”.
A velha pobre ficou por alguns instantes embaraçada; mas, logo, criando coragem, depositou aqueta nota na bandeja de uma das damas, dizendo:
“Para o Santo Padre!” e desapareceu dali, enquanto o anticlerical também se retirava envergonhado.
Presenciara a cena o conde Chambord, o qual, admirado do gesto daquela pobre, mandou chamá-la e deu-lhe mil cruzeiros com suas mais cordiais congratulações. Isso foi uma verdadeira benção para a pobre que morava numa choça e tinha vários filhos a sustentar.
Este episódio ensina-nos como devemos amar o Vigário de Cristo e socorrê-lo em suas precisões.
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