28 de abril de 2016

Conferência XII


I - A MESA DA FAMÍLIA.


Parte 2/8


A - Creio não ser necessário explicar de um modo especial que, mencionando a mesa da família como primeiro móvel indispensável, penso particularmente em todos os problemas da vida comum dos esposos.
A mesa da família não significa, pois, somente o móvel ao redor do qual se reúne com amor toda a família, e onde o pai assenta-se ao entrar, fatigado do seu trabalho. Significa ainda mais a comunhão das almas, a perfeita harmonia, a união de corações, base indispensável de um casamento feliz, e que repousam sobre duas colunas: autoridade e amor. Porque, realmente, a felicidade familiar exige a conveniente união da autoridade e do amor.
A família não é uma associação, nem uma sociedade por ações, nem um sindicato, mas um organismo vivo. Ora, a vida de um organismo tem leis que não se podem modificar. Pode-se fortificar o organismo, favorecer seu desenvolvimento, facilitar seu trabalho, mas tudo com uma única condição: não se tocar nas bases sobre as quais esta construída toda a sua vida.
Uma destas leis fundamentais é, por exemplo, no casamento, a inseparabilidade dos esposos, a indissolubilidade do laço conjugal, como já dissemos anteriormente. O que pode ser anulado não é o casamento.
Mas para que a vida conjugal corra sem empecilhos, para que floresçam nela a felicidade e todas as alegrias que o próprio ideal cristão do casamento encerra em si, torna-se necessária a realização de uma outra lei fundamental. Ei-la: é a boa ordem e a distribuição do trabalho entre os membros da família, ou em outros termos, o conveniente emprego da autoridade e do amor.

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