Os Últimos Fins do
Homem
O Juízo – O Juízo
Particular
1. O Juízo particular é o que se faz na hora da morte.
Segundo a opinião comum, este Juízo faz-se no próprio lugar onde morremos.
2. Depois da morte, a nossa alma estará na presença de Jesus
Cristo para ser julgada pelas suas obras, e ouvir pronunciar a sentença que há
de fixar a sua sorte eterna.
3. O Evangelho ensina o quão necessário é pensar no Juízo
particular.
4. Como se tivesse juntado à roda de Jesus muita gente, de
forma que uns e outros se atropelavam, começou Ele a dizer aos seus discípulos:
“Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há oculto que
não venha a saber-se. Por isso as coisas que dissestes nas trevas serão ouvidas
às claras, e o que falastes ao ouvido no quarto será apregoado sobre os
telhados. A vós, pois, Meus amigos, digo-vos: Não tenhais medo daqueles que
matam o corpo e depois nada mais podem fazer. Eu vou mostrar-vos a Quem haveis
de temer: Temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno;
sim, Eu vos digo, temei Este. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses?
Contudo nem um só deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da
vossa cabeça estão todos contados. Não temias pois; vós valeis mais que muitos
passarinhos. Digo-vos: Todo aquele que Me confessar diante dos homens, também o
Filho de Homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem Me negar diante
dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. Todo aquele que falar contra
o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas aquele que blasfemar contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoado”. (Lucas XII, 1-10) “... Estejam cingidos
os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas, fazei como os homens que esperam o
seu senhor quando volta das núpcias, para que, quando vier e bater à porta,
logo lha abram. Bem-aventurados aqueles servos, a quem o senhor quando vier
achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingirá, os fará pôr à sua mesa e,
passando por entre eles, os servirá. Se vier na segunda vigília, ou na
terceira, e assim os encontrar, bem-aventurados são aqueles servos. Sabei que,
se o pai de família soubesse a hora em que viria o ladrão, vigiaria sem dúvida
e não deixaria arrombar a sua casa. Vós, pois, estai preparados porque, na hora
que menos pensais, virá o Filho do Homem. Pedro disse-lhe: “Senhor, dizes esta
parábola só para nós ou para todos?” O Senhor respondeu: “Quem é o
administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá sobre as pessoas as sua
casa, para dar a cada um, a seu tempo, a ração alimentar? Bem-aventurado aquele
servo a que o senhor, quando vier, achar procedendo assim. Na verdade vos digo
que o constituirá administrador de tudo quanto possui. Porém, se aquele servo
disser no seu coração: “O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados
e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, chegará o senhor desse servo,
no dia em que ele não o espera, e na hora em que ele não sabe; castigá-lo-á
severamente e pô-lo-á à parte com os infiéis”.” (Lucas XII, 35-47)
Explicação da gravura
5. A gravura representa o Juízo particular que terá lugar
logo depois da morte.
6. À esquerda está o Juízo do justo, e à direita o Juízo do
pecador. O tribunal de Cristo vê-se elevado na própria casa onde acabam de
expirar.
7. A alma do justo é apresentada a Jesus pelo Anjo da
Guarda, precedido da Virgem e de São José. Um anjo sustenta na mão esquerda a
coroa para o premiar, e na direita a balança da justiça, onde se pesam os
merecimentos do defunto.
8. A alma do pecador comparece também diante do Juiz
supremo, mas esconde a sua face. Está acompanhada pelos demônios e ligada por
uma cadeia de Lúcifer. Jesus Cristo repele-a e dá contra ela a sentença da
eterna condenação.
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