14 de setembro de 2015

Catecismo Ilustrado - Parte 59

Os Últimos Fins do Homem

A Morte

1. Os últimos fins ou novíssimos do homem são: a Morte, o Juízo, o Inferno e o Paraíso.
2. É bom lembrarmo-nos frequentemente dos nossos últimos fins; esta lembrança afasta o pecado e excita ao fervor e ao zelo no serviço de Deus. Diz a Sagrada Escritura: "Lembra-te dos teus últimos fins e nunca mais hás-de pecar."

A Morte

3. A morte é o fim da vida, a separação da alma do corpo, a passagem da vida à eternidade.
4. Depois da morte o corpo corrompe-se e desfaz-se em pó; mas há-de ressuscitar no fim do mundo.
5. A alma vai comparecer na presença de Deus para ser julgada pelas suas obras.
6. Pelo pecado dos nossos primeiros pais entrou a morte no mundo. Proibiu-lhes Deus que comessem do fruto da árvore situada no meio do Paraíso, ameaçando-os de morte se desobedecessem. Pelos pérfidos conselhos do demônio transgrediram aquele mandamento e foram condenados à morte, eles e todos os seus descendentes.
7. É, pois, certíssimo que todos os homens hão-de morrer. São Paulo diz: "Decretado foi: todos os homens hão de morrer uma vez."
8. Mas quando morreremos? Quando Deus quiser! Incerta é a hora da morte. Por isso Nosso Senhor disse: "Vigiai e orai, porque não sabeis nem o dia nem a hora". Quis Deus que a hora da morte fosse incerta e desconhecida, para que estivéssemos sempre preparados para morrer, já que todos os dias podemos morrer.
9. A melhor preparação para a morte é uma vida cristã.
10. A preparação próxima para a morte é uma boa confissão e a recepção dos últimos sacramentos. É preciso não esperar os últimos dias da enfermidade ou doença para preparar-se para a morte, porque é expor-se à condenação eterna, morrendo impenitente, como o indica Nosso Senhor no Evangelho: "Então disse-Lhe alguém da multidão: "Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da herança". Jesus respondeu-lhe: "Meu amigo, quem Me constituiu Juiz ou árbitro entre vós?". Depois disse-lhes: "Guardai-vos cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na abundância, não depende dos bens que possui". Sobre isto propôs-lhes esta parábola: "Os campos de um homem rico tinham dado abundante frutos. Ele andava a discorrer consigo: que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Depois disse: Farei isto: demolirei os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus bens, e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si e não é rico perante Deus". (Lucas. XII, 13-22)

Explicação da gravura

11. A gravura representa São Francisco de Borja, fidalgo da corte do Imperador Carlos V. Tendo falecido a esposa do imperador, foi Francisco encarregado de levar o cadáver da imperatriz a Granada. À chegada do préstito à cidade, abriu-se o féretro ou caixão para que se certificasse que o corpo nele contido era o da imperatriz. À vista do cadáver já podre e desfigurado, tão comovido ficou Francisco de Borja que resolveu renunciar às vaidades e ao mundo. Entrou na Companhia de Jesus, onde se tornou um grande santo.
12. Nos ângulos superiores, vêem-se um homem e uma mulher mirando-se ao espelho, e vendo a sua caveira. Na cabeça deles está a palavra Hoje, e no espelho a palavra: "Amanhã".
13. Na parte inferior, vê-se um cemitério com cruzes, monumentos funerários e inscrições, e campas abertas deixando ver esqueletos.

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