6 de fevereiro de 2015

Oração do Terço

Prezados leitores, Salve Maria!



Para quem mora em Curitiba ou na região Metropolitana, e para quem está de passagem pela cidade, comunicamos que haverá Oração do Terço no dia 06/02/2015, com exposição das relíquias de Santa Maria Goretti, São Paulo da Cruz e Santa Gemma Galgani.

Relíquias: O primeiro exemplo do culto de uma relíquia por crentes cristãos surge em 156 em Smyrna (atual Esmirna na Turquia), a propósito do martírio de São Policarpo relatado, por exemplo, nas obras de Eusébio de Cesareia. Depois de ter sido queimado na fogueira, os discípulos do mártir recuperaram os ossos calcinados do seu mestre e acolheram-nos como objetos sagrados. Mais tarde diversos milagres foram atribuídos a esta relíquia e a busca por objetos semelhantes tornou-se cada vez mais popular, conduzindo por exemplo, à descoberta da cruz da crucificação de Jesus Cristo em cerca de 318.

A Igreja Católica definiu a seguinte classificação de relíquias:
Primeira Classe, parte do corpo de um santo (ossos, unhas, cabelo, etc.)
Segunda Classe, objetos pessoais de um santo (roupa, um cajado, os pregos da cruz, etc.)
Terceira Classe, inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo, ou, no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada.

É proibido, sob pena de excomunhão, vender, trocar ou exibir para fins lucrativos relíquias de primeira e segunda classe. As relíquias são guardadas geralmente por pessoas da família no caso de ser um objeto

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Local: Capela Nossa Senhora Aparecida - Capela da Polícia Militar
Endereço: Av. Marechal Floriano Peixoto, 2057 - Rebouças - Curitiba - Paraná (fica entre as ruas Almirante Gonçalves e Baltazar Carrasco dos Reis)

Horário do Terço: 19:30 horas

Administração do Blog São Pio V


Santa Maria Goretti:
Maria Teresa Goretti, Corinaldo, 16 de Outubro de 1890 - Nettuno, 6 de Julho de 1902 (11 anos), foi uma jovem católica italiana, declarada santa, com festa comemorada no mesmo dia de sua morte. Morreu como consequência dos ferimentos infligidos durante uma tentativa de estupro, ao escolher o martírio.
Seu nome de batismo era Maria Teresa Goretti, nasceu em 16 de Outubro de 1890, em Corinaldo, Província de Ancona, Itália, filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini. Era a terceira de seis filhos. Suas irmãs chamavam-se Teresa e Ersilia; seus irmãos eram Angelo, Sandrino e Mariano.
Quando tinha seis anos, sua família tornou-se tão pobre que foram forçados a deixar sua fazenda e trabalhar para outros fazendeiros. Em 1899, mudaram-se para Le Ferriere, próximo a atual Latina e Nettuno, em Lazio, onde viviam em um prédio conhecido como "La Cascina Antica", compartilhada com a família Serenelli, cujo filho Alessandro Serenelli viria a ser seu algoz, três anos depois.
O pai de Maria contraiu malária e morreu quando esta tinha apenas nove anos, em 6 de maio de 1900. Enquanto seus irmãos, mãe e irmãs mais velhas trabalhavam nos campos, Maria cozinhava, limpava a casa e cuidava de sua irmã menor. Era uma vida difícil, mas a família estava sempre próxima, compartilhando um profundo amor por Deus e sua fé.
Em 5 de Julho de 1902, Alessandro, então com 20 anos, encontrou a menina de 11 anos costurando, sozinha em casa. Ele entrou e a ameaçou de morte se ela não fizesse o que ele mandava. A intenção do rapaz era estuprá-la, porém, ela não se submeteu, ajoelhou-se, protestando que seria um pecado mortal e avisando Alessandro que poderia ir para o Inferno. Ela desesperadamente lutou para evitar o estupro, gritava "Não! É um pecado! Deus não gosta disto!". Alessandro primeiro tentou controlá-la, mas como ela insistia que preferia morrer, ele a apunhalou 11 vezes. Ferida, Maria tentou alcançar a porta, mas ele a agarrou e deu mais três punhaladas, antes de fugir.
A irmã menor de Maria acordou com o barulho e começou a chorar. Quando o pai de Alessandro e a sua mãe chegaram, encontraram Maria sangrando. Levaram-na para o hospital em Netuno. Ela foi operada, sem anestesia, mas os ferimentos estavam além da capacidade dos médicos. Durante a cirurgia, Maria recobrou os sentidos e insistiu que preferia ficar acordada. O farmacêutico do hospital respondeu: "Maria, quando estiveres no céu, pense em mim" Ela olhou para o homem e disse: "Mas quem sabe qual de nós chegará primeiro ao céu?" Ele respondeu "Você, Maria". "Então ficarei feliz em pensar em você". No dia seguinte, ela perdoou seu agressor e afirmou que gostaria de encontrá-lo no Céu. Morreu vinte horas após o ataque enquanto olhava uma bela pintura da Virgem Maria. Inspirada em suas mestras Santa Cecília e Santa Inês, aceitou o martírio piedosamente.

São Paulo da Cruz:
Paulo da Cruz, nascido Paulo Danei Massari foi um santo católico italiano e o fundador dos Passionistas.
Paulo Danei Massari nasceu em Ovada, na Itália, tendo-se mudado, mais tarde, para Castellazzo Bormida, não muito longe da sua terra natal. A sua mãe ensinou-o a ver na Paixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida.
Por volta de 1715-1716, desejoso de servir a Cristo, apresentou-se em Veneza e alistou-se no exército. Queria lutar contra os turcos, que então ameaçavam a Europa, com mística de cruzado. Enquanto adorava o Santíssimo Sacramento numa igreja compreendeu que não era aquela a sua vocação.
Abandonou a carreira militar, serviu durante alguns meses uma família e regressou a casa. Embora o seu tio sacerdote prometesse deixar-lhe toda a sua herança no caso de vir a casar, Paulo renunciou à oferta.
Segundo um testemunho, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo crucificado como centro. O bispo de Alexandria, Mons. Gattinara, ouvido o conselho de confessores prudentes, revestiu-o com o hábito da Paixão, a 22 de Novembro de 1720. Passou 40 dias na sacristia da igreja de S. Carlos, em Castellazzo. O seu estado de espírito, durante aquela "quarentena" conservaram-se até hoje com o nome de "Diário Espiritual". Além disso, elaborou um esboço das regras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamava de "Os Pobres de Jesus". O seu irmão João Baptista, que o visitava, quis associar-se a ele, mas Paulo, naquela altura, não o permitiu.
O bispo autorizou-o a viver na ermida de Santo Estevão, em Castellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No verão de 1721, viajou até Roma, no intuito de obter uma audiência papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais do Monte Quirinal, onde residia o papa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.
Aceitou a humilhação que o configurava a Jesus crucificado e, na Basílica de Santa Maria Maior, perante a Virgem "Salus Populi Romani", fez voto de se consagrar a promover a memória da Paixão de Jesus Cristo.
De regresso à sua terra, deteve-se um pouco em Orbetello, na ermida da Anunciação do Monte Argentário. Ao chegar a Castellazzo, encontrou-se com o seu irmão João Baptista e, juntos, resolveram levar uma vida eremítica no Monte Argentário. Depois, a convite de Mons. Pignatelli, deslocaram-se para a ermida de Nossa Senhora, em Gaeta.
Mais tarde, Mons. Cavallieri recebeu-os durante algum tempo, em Troia, tendo regressado a Gaeta, mas, desta vez, para o Santuário da Virgem da "Civita", em Itri. Os esforços de fundar uma comunidade fracassavam sempre. Para serem pregadores da Paixão era necessário tornarem-se sacerdotes. Por isso, resolveram viajar para Roma. Enquanto estudavam a Teologia, foram prestando o seu serviço no hospital, atendendo os doentes infectados pela peste. O Papa saudou-os no Monte Célio, junto à igreja chamada "La Navicella" (Santa Maria em Navicella), e deu-lhes uma autorização oral de poderem fundar a ordem no Monte Argentário. Uma vez ordenados sacerdotes, em 1727, os dois irmãos abandonaram Roma e dirigiram-se para o Monte Argentário.
Iniciaram o seu apostolado entre pescadores, lenhadores, pastores etc. Rapidamente foram-se juntando companheiros, entre eles o seu irmão António e sacerdotes bem preparados. Os bispos dirigiam-lhes pedidos para missionarem as terras daquela zona. Quando ali se declarou a guerra dos Presídios, Paulo exercia o seu ministérios em ambas as facções, sendo bem recebido dos dois lados.
O primeiro convento, dedicado à Apresentação, foi inaugurado em 1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, viriam a ser aprovadas pelo papa Bento XIV em 1741.
O Fundador foi contemporâneo de grandes pregadores como São Leonardo de Porto Maurício, a quem cumprimentou em determinada ocasião, e Santo Afonso Maria de Ligório, a quem não chegou a conhecer. Tal como a eles, o amor a Jesus crucificado impelia-o para o serviço apostólico das missões.
Embora tenha sido sempre Superior Geral, desde 1747, não deixou de pregar nem de escrever cartas como diretor espiritual. O Instituto teve alguma oposição dentro de um sector da Igreja, facto que determinou a suspensão da fundação de vários conventos, até que uma comissão pontifícia deliberasse em favor dos Passionistas.
Defendeu sempre, com grande determinação, para toda a Congregação, o espírito de solidão, pobreza e oração, não só com os seus conselhos, mas indicando também o exemplo do seu irmão João Baptista. Quando este morreu em 1765, Paulo sentiu-se como um órfão.
Após a supressão da Companhia de Jesus, Clemente XIV levou os Padres da Missão à igreja de S. André do Quirinal e concedeu a Paulo da Cruz a casa e a Basílica dos Santos João e Paulo, que eles mantinham no Monte Célio. Nela, a dois passos do Coliseu de Roma, viveu o santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e de Pio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde.
As suas relíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.
Em sua homenagem, há um mosteiro com o nome de São Paulo da Cruz em São Carlos.

Santa Gemma Galgani:
Gemma Maria Humberta Pia Galgani (Gemma Galgani, como é mais conhecida) é uma santa da Igreja Católica. Grande mística e uma das maiores e mais populares santas modernas da Igreja Católica.
Gemma nasceu a 12 de março de 1878 em Borgo Nuovo, um vilarejo situado perto de Lucca, na Itália. Seu pai era um próspero químico e descendente do Beato Giovanni Leonardi. A mãe de Gemma era também de origem nobre. Os Galgani eram uma família católica tradicional que foi abençoada com oito filhos. Batizaram a filha como "Gemma" que, em italiano, significa jóia.
Ela foi a quinta a nascer e a primeira menina da família, desenvolveu uma atração irresistível pela oração desde muito pequena. Esse carinho pela oração lhe veio de sua piedosa mãe, que lhe ensinou fé católica. Foi ela também que lhe infundiu o amor pelo Cristo Crucificado.
Sua mãe morreu de tuberculose quando ela estava com sete anos e desde então passou a ter muito trabalho doméstico e muitos problemas pessoais e espirituais. Mas ela os suportou com paz e extraordinária paciência. Desde muito cedo experimentava fenômenos sobrenaturais como visões, êxtases, revelações, manifestações sobrenaturais miraculosas e estigmas periódicos.
Quando tinha 18 anos seu pai morreu e ela entrou para a casa de Mateo Giannini como serviçal doméstica. Ela desejava entrar para o convento das passionistas em Lucca, no qual o seu conselheiro espiritual era o diretor, mas foi rejeitada devido sua fragilidade física, saúde precária, que incluía uma meningite espinhal, e por ter visões místicas. Mais tarde, Gemma curou-se graças a intercessão de São Gabriel da Virgem Dolorosa.
Entre 1899 e 1901 Gemma sofreu por 18 meses os estigmas da Crucificação de Cristo (stigmata), além das marcas dos espinhos e dos açoites de Jesus. Experimentou visões de Cristo e da Virgem Maria e do seu Anjo da Guarda. Quando em êxtase, fenômenos sobrenaturais manifestavam-se nela, entre os quais a mudança do som de sua voz e o falar em linguagem usada na época de Cristo (aramaico), da qual não poderia ter conhecimento, visto que apenas poucos luminares em Roma foram capazes de decifrar suas visões e revelações (fenômeno conhecido como glossolalia religiosa).
Gemma faleceu em 11 de abril de 1903 e pouco depois sua devoção se difundiu. Sua popularidade aumentou em 1943 quando suas cartas para o padre Germano (seu diretor espiritual) foram publicadas.
Foi beatificada em 1933 e canonizada pelo Papa Pio XII em 1940.

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