DURANTE VINTE ANOS SÓ TOMAVA A COMUNHÃO
1. S. Nicolau de Flue viveu na Suíça, sua pátria, no século XV. Era casado e, quando tinha mais de cinquenta anos e seus filhos criados e colocados, com o consentimento de sua esposa retirou-se a um lugar solitário chamado Ranft, onde construiu uma capela com o auxilio dos habitantes dos arredores. Ali, durante vinte anos não tomou outro alimento que a sagrada Comunhão. A principio muitos desconfiavam dele, tendo-o por hipócrita e enganador e criam que às escondidas alguém lhe levava alimentos. As autoridades puseram vários espiões que, durante um mês inteiro, dia e noite o observavam. Quando se convenceram de que não havia engano, solicitaram ao bispo de Constanza que o examinasse e consagrasse aquela capela. O bispo auxiliar D. Tomás foi disso encarregado e, depois de consagrar a capela, em conversa familiar com o Santo, soube que há um ano e meio não provara outra coisa senão a sagrada Comunhão. O bispo perguntou-lhe qual dentre as virtudes que lhe parecia ser a principal e mais agradável a Deus, e o Santo respondeu que era a obediência.
Então o prelado, pondo diante dele pão e vinho, que trazia a propósito, disse-lhe: “Eis, irmão, a comida e a obediência vos traz para comerdes e alcançardes o prêmio de tão formosa virtude”. O Santo estremeceu, mas não opôs resistência; mas, depois de ter tomado aquele alimento e bebida, começou a sentir horríveis dores como se estivesse para morrer. Ao ver aquilo o prelado pediu-lhe perdão, protestando ter procedido daquela maneira por ordem superior. S. Nicolau, durante os vinte anos que ainda viveu, não tomou outro alimento fora da sagrada Comunhão, e ninguém mais o molestou. O historiador protestante Mueller. reconhece que este caso foi seriamente examinado e tido por incontestável.
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