12 de maio de 2018

Retratos de Nossa Senhora, Juan Rey, S. J.,

RETRATOS DE NOSSA SENHORA

Livre de Pecado Pessoal


Parte 1/5

A alma de Maria não só estava limpa do pecado original; estava também limpa de todo o pecado pessoal, ainda dos mais leves: veniais deliberados, veniais meio deliberados; e ainda de toda a imperfeição.
Privilégio extraordinário que Deus concedeu a sua Santíssima Mãe. Assim o declarou o Concílio Tridentino: "Ninguém pode evitar durante toda a vida todos os pecados, mesmo veniais, sem especial privilégio de Deus e este privilégio teve-o a Santíssima Virgem".
Assim tinha de ser.
Deus no Paraíso disse ao demônio: "Eu porei inimizade entre ti e a mulher: entre a sua descendência e a tua".
Essa mulher era a Santíssima Virgem. A inimizade entre o demônio e a Santíssima Virgem tinha de ser absoluta, perpétua; e não o teria sido, se a Santíssima Virgem em algum momento da sua vida tivesse cometido algum pecado, mesmo venial, pois nesse momento em que tivesse pecado, teria agradado ainda que ligeiramente ao demônio.
Se a Santíssima Virgem tivesse pecado, o anjo não a teria podido chamar a cheia de graça; porque onde há algum pecado, ainda que seja venial, há alguma falta de graça santificante.
Se a Santíssima Virgem tivesse pecado, a infâmia da Mãe recairia no Filho, e Jesus não podia consentir nem que sua mãe ficasse infamada com o pecado, nem que essa infâmia caísse sobre ele.
Pode evitar isso e sem dúvida evitou.
Ele tinha associado sua Mãe à obra redentora do mundo, e nada mais oposto à redenção e à santificação das almas do que o pecado.
Com razão a Igreja aplica à Virgem Santíssima aquela palavra do Cântico dos Cânticos: És toda formosa, ó minha amiga, e não há em ti mancha alguma de pecado.

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