3 de julho de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 141

A CONFIANÇA RECOMPENSADA

O imperador Napoleão I entrou, certa vez, num restaurante de Paris, acompanhado de seu ajudante Duroc. Ali ninguém os conhecia. Depois de haverem tomado a sua refeição, e apresentada a conta de 14 francos, aconteceu que nenhum dêles tinha dinheiro consigo.
O imperador estava incógnito e não queria dar-se a conhecer. Seu ajudante Duroc, dirigindo-se aá dona do restaurante, pediu-lhe que tivesse paciência de esperar uma hora e o pagamento seria feito pontualmente. Adona, porém, uma velha muito segura, não concordou; pelo contrário, ameaçou-os com a polícia se não pagassem imediatamente.
A coisa ia ficando feia, quando chegou o garçon, interessando-se pelos hóspedes, disse á patroa:
- Êstes senhores fazem-me boa impressão; não devem ser gente má. Pagarei por êles os 14 francos. Se me enganar, perderei eu o dinheiro e não a senhora; mas peço-lhe que deixe os homens em paz.
Em seguida pagou a conta. Os dois senhores agradeceram e logo se retiraram.
Passada uma hora, ou pouco mais, aparece de novo o ajudante do imperador e, dirigindo-se á dona pergunta:
- Dona, quanto vale êste seu restaurante?
- Em todo caso mais que 14 francos, respondeu ela um tanto agastada.
Mas o senhor insiste:
- Diga sériamente: quanto quer por êste seu restaurante?
- Bem; 30.000 francos e nem um cêntimo por menos.
Puxando a sua carteira, pagou-lhe Duroc aquela soma e disse:
- Por ordem de seu amo faço presente dêste restaurante ao garçon em reconhecimento pela confiança que depositou em nós.
Admirada, perguntou a velha:
- E quem era aquêle seu companheiro?
- É o imperador Napoleão...
Se assim recompensa um homem a confiança nêle depositada, como não recompensará o bom Deus a que nêle depositarmos?...

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