29 de julho de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 153

SÃO CARLOS E A EPIDEMIA


Em 1576 propagou-se a peste negra na cidade de Milão (ltália) com fôrça e velocidade aterradoras. As mortes eram contínuas.
S. Carlos Borromeu, zelosíssimo arcebispo daquela infeliz cidade, não encontrava pessoas que quisessem cuidar dos empestados, nem sacerdoteqs que sacramentassem os agonizantes.
A angústia do Santo era grande; não podia ver aquela calamidade; precisava remediá-la. Ia , êle mesmo, de casa em casa, visitava e socorria os enfermos, começando pelos mais graves. Saía, depois, à janela das casas e, com vozes que cortavam os corações, convidava tanto a sacerdotes como a seculares a que o ajudassem naquela obra de caridade.
Ante aquêle formoso exemplo do santo Arcebispo, muitos cidadãos se sentiram impelidos a socorrer os empestados. Até os sacerdotes, que haviam fugido, voltaram para sacramentar
os moribundos, sendo coadjuvados por outros vindos do estrangeiro.
Naquela terrível epidemia, que durou ano e meio, perderama vida dois jesuítas, dois barnabitas, quatro frades capuchinhos e cento e vinte sacerdotes seculares.
Assim sacrificaram a sua vida corporal aquêles zelosos ministrosde Deus para a salvação eterna das almas, muitas das quais, sem os auxílios da religião e sem os santos sacramentos, se teriam precipitado no inferno eternamente.
Para aplacar a cólera divina, organizou S. Carlos grandes procissões de penitência, sendo êle o primeiro a tomar parte nelas, caminhando a pé e descalço e dirigindo ao céu fervorosas
preces.

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