ESCAPARAM DA GUILHOTINA
Foi em Paris, na época mais triste da Revolução Francesa. Para alguém ser prêso e condenado à morte, bastava que o acusassem de monarquista ou católico intransigente.
Também os pais de Júlia Janau, uma criança de 11 anos, foram presos por causa de sua religião. Júlia, que ficara só com uma velha criada, chorava dia e noite, temendo pela sorte de seus pais.
Em sua grande aflição rezava contínuamente o rosário à compassiva Mãe do Céu para que salvasse seus pais. Essa devoção do rosário ensinara-lhe sua boa mãe, dizendo-lhe que, em todo o perigo e necessidade, recorresse a Maria com muita confiança e seria socorrida.
Estava a menina ajoelhada, rezando o seu rosário, quando um representante do partido revolucionário penetrou na casa à procura de mais alguma vítima para a guilhotina.
À vista daquela criança, inocente e tímida, o carrasco sentiu-se inexplicávelmente comovido. Dirigindo-se à pequena, perguntou:
- Que estás fazendo?
- Estou rezando o rosário por meus pais.
- O rosário?...
- Sim, para que reconheçam que êles são inocentes.
Ao pronunciar essas palavras copiosas lágrimas corriam-lhe os olhos. Soluçando, ergueu, suplicante, as mãozinhas ao revolucionário que estava sériamente comovido. Num gesto de mansidão e de bondade, que havia muito não sentia, inclinou-se para a pequena de cabelos louros e, colocando-lhe a mão sôbre os ombros, perguntou:
- E acreditas que a tua oração ajudará?
- Sim, foi a firme resposta - porque minha mãezinha mo ensinou e minha mãezinha não mente.
O coração daquele homem rude e mau, enternecido diante de tamanha inocência e confiança, sentia já uma terna compaixão pela criança.
- Achas, boa menina, que teus pais são inocentes?
- Acho, sim; êles nunca fizeram mau algum.
- Pois bem; verei o que se poderá fazer por êles.
- Obrigado, senhor, por essa promessa. Ah! salvai meus inocentes pais; restituí pai e mãe a uma pobre criança abandonada.
A grande confiança de Júlia no poder da Rainha do Santo Rosário ficou gravada no coração daquele revolucionário; e como gozava de muita influência no tribunal, conseguiu que os acusados fôssem absolvidos e restituídos à sua inocente filhinha, que, pela devoção a Maria, os livrara da morte.
Foi em Paris, na época mais triste da Revolução Francesa. Para alguém ser prêso e condenado à morte, bastava que o acusassem de monarquista ou católico intransigente.
Também os pais de Júlia Janau, uma criança de 11 anos, foram presos por causa de sua religião. Júlia, que ficara só com uma velha criada, chorava dia e noite, temendo pela sorte de seus pais.
Em sua grande aflição rezava contínuamente o rosário à compassiva Mãe do Céu para que salvasse seus pais. Essa devoção do rosário ensinara-lhe sua boa mãe, dizendo-lhe que, em todo o perigo e necessidade, recorresse a Maria com muita confiança e seria socorrida.
Estava a menina ajoelhada, rezando o seu rosário, quando um representante do partido revolucionário penetrou na casa à procura de mais alguma vítima para a guilhotina.
À vista daquela criança, inocente e tímida, o carrasco sentiu-se inexplicávelmente comovido. Dirigindo-se à pequena, perguntou:
- Que estás fazendo?
- Estou rezando o rosário por meus pais.
- O rosário?...
- Sim, para que reconheçam que êles são inocentes.
Ao pronunciar essas palavras copiosas lágrimas corriam-lhe os olhos. Soluçando, ergueu, suplicante, as mãozinhas ao revolucionário que estava sériamente comovido. Num gesto de mansidão e de bondade, que havia muito não sentia, inclinou-se para a pequena de cabelos louros e, colocando-lhe a mão sôbre os ombros, perguntou:
- E acreditas que a tua oração ajudará?
- Sim, foi a firme resposta - porque minha mãezinha mo ensinou e minha mãezinha não mente.
O coração daquele homem rude e mau, enternecido diante de tamanha inocência e confiança, sentia já uma terna compaixão pela criança.
- Achas, boa menina, que teus pais são inocentes?
- Acho, sim; êles nunca fizeram mau algum.
- Pois bem; verei o que se poderá fazer por êles.
- Obrigado, senhor, por essa promessa. Ah! salvai meus inocentes pais; restituí pai e mãe a uma pobre criança abandonada.
A grande confiança de Júlia no poder da Rainha do Santo Rosário ficou gravada no coração daquele revolucionário; e como gozava de muita influência no tribunal, conseguiu que os acusados fôssem absolvidos e restituídos à sua inocente filhinha, que, pela devoção a Maria, os livrara da morte.
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