NATAN, O LENHADOR
Gaspar, Melchior e Baltasar iam seguindo a estrela que os conduzia a Belém. Acamparam, uma noite, perto de uma cabana e pediram hospitalidade. Natan disse-lhes que apenas tinha para sua família, mas que lhe causava pena vê-los expostos ao mau tempo. Mandou que entrassem e se assentassem ao pé do fogo. Em seguida, trouxe-lhes umas braçadas de capim seco para que lhes servissem de cama. No outro dia, ao despedirem-se de Natan, disseram-lhe os Magos:
— Olha! dinheiro não temos, mas deixamos-te esta singela lembrança.
E Baltasar entregou-lhe um pífano (pequena flauta), dizendo:
— Toca-o e os teus desejos se cumprirão. Será para ti uma fonte de riquezas, enquanto tratares bem aos pobres.
Tendo partido os reis, disse Natan a esposa:
— Dizem que não trazem dinheiro, e eu o vi em tamanha abundância! E por fim ainda me pagaram com uma flauta!...
— Mas — replicou a mulher — eles não te disseram que a tocasses, que se cumpririam os teus desejos?
— Ah! isso é verdade! Vamos experimentar.
Natan tocou o pífano, dizendo: “Quero um riquíssimo almoço!” E como por encanto apareceu ali o almoço, deixando-os boquiabertos.
E os seus desejos não tiveram mais limites; foi pedindo e recebendo: palácio, vestidos, riquezas imensas.
Mandou logo convidar os amigos para um lauto banquete. E apareceram muitos para ver as riquezas de Natan.
Durante a festa apresentaram-se os reis, de regresso de Belém, humildemente vestidos, e pediram fôssem conduzidos à presença de Natan. O escravo, porém, zombou deles e disse que recebera ordem de não deixar. entrar ninguém. Os reis insistiram em entrar assim mesmo. O escravo pediu socorro e Natan, indignado, ameaçou soltar os cães contra eles.
Os magos retiraram-se, e, depois de tomarem suas vestes reais, apresentaram-se de novo assentados em suas liteiras e acompanhados de todo o seu séquito.
Natan saiu a recebê-los e quis fazê-los sentar-se à sua mesa.
— Não — disse Gaspar. — não podemos sentar-nos com quem não tem compaixão dos pobres.
— Recusamos tua amizade, porque não sabes cumprir a tua palavra, disse Melchior.
— Não podemos sentar-nos ao lado de um lenhador, — disse Baltasar.
Natan, enfurecido, ia despejar sobr.e eles cobras e lagartos, quando Baltasar tocou um pífano e no mesmo instante desapareceram palácio, banquete, riquezas e tudo quanto havia. Natan lembrou-se de tocar o seu pífano, mas havia desaparecido também.
O lenhador encontrava-se, pois, tão pobre como antes e ainda com o coração cheio de remorso.
— Olha! dinheiro não temos, mas deixamos-te esta singela lembrança.
E Baltasar entregou-lhe um pífano (pequena flauta), dizendo:
— Toca-o e os teus desejos se cumprirão. Será para ti uma fonte de riquezas, enquanto tratares bem aos pobres.
Tendo partido os reis, disse Natan a esposa:
— Dizem que não trazem dinheiro, e eu o vi em tamanha abundância! E por fim ainda me pagaram com uma flauta!...
— Mas — replicou a mulher — eles não te disseram que a tocasses, que se cumpririam os teus desejos?
— Ah! isso é verdade! Vamos experimentar.
Natan tocou o pífano, dizendo: “Quero um riquíssimo almoço!” E como por encanto apareceu ali o almoço, deixando-os boquiabertos.
E os seus desejos não tiveram mais limites; foi pedindo e recebendo: palácio, vestidos, riquezas imensas.
Mandou logo convidar os amigos para um lauto banquete. E apareceram muitos para ver as riquezas de Natan.
Durante a festa apresentaram-se os reis, de regresso de Belém, humildemente vestidos, e pediram fôssem conduzidos à presença de Natan. O escravo, porém, zombou deles e disse que recebera ordem de não deixar. entrar ninguém. Os reis insistiram em entrar assim mesmo. O escravo pediu socorro e Natan, indignado, ameaçou soltar os cães contra eles.
Os magos retiraram-se, e, depois de tomarem suas vestes reais, apresentaram-se de novo assentados em suas liteiras e acompanhados de todo o seu séquito.
Natan saiu a recebê-los e quis fazê-los sentar-se à sua mesa.
— Não — disse Gaspar. — não podemos sentar-nos com quem não tem compaixão dos pobres.
— Recusamos tua amizade, porque não sabes cumprir a tua palavra, disse Melchior.
— Não podemos sentar-nos ao lado de um lenhador, — disse Baltasar.
Natan, enfurecido, ia despejar sobr.e eles cobras e lagartos, quando Baltasar tocou um pífano e no mesmo instante desapareceram palácio, banquete, riquezas e tudo quanto havia. Natan lembrou-se de tocar o seu pífano, mas havia desaparecido também.
O lenhador encontrava-se, pois, tão pobre como antes e ainda com o coração cheio de remorso.
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