Os Mandamentos
5º Mandamento de Deus
(continuação): Não matar
1. O quinto mandamento ordena: 1º
perdoar aos nossos inimigos; 2º fazer-lhes todo o bem que podemos; 3º fazer bem
aos necessitados.
2. A primeira obrigação para com
os inimigos é a de perdoar-lhes as injúrias por amor de Deus. Devemos amar os
inimigos, porque são filhos de Jesus Cristo, que quer que os amemos por repeito
d’Ele, e o sinal mais luminoso deste amor é o perdoar-lhes voluntariamente.
3. Nosso Senhor inculca tanto o
perdão das injúrias no Evangelho, porque o desejo da vingança está
demasiadamente arreigado no coração do homem.
4. O que torna fácil o perdão das
injúrias é: 1º olhar não a quem ofende, mas a Deus que permite a ofensa para
nosso bem; 2º as vantagens que resultam de perdoar; 3º os incômodos que nascem
da vingança.
5. As vantagens de perdoar são:
1º perdoar-nos Deus os nossos pecados; 2º adquirimos um grande merecimento para
com Deus. Os incômodos que nascem da vingança são contínuos remorsos,
gravíssimas agitações do espírito e grande número de pecados.
6. Os remédios contra a vingança
e o ódio são: o exemplo de Jesus Cristo e a meditação da morte e do juízo, no
qual cada um será tratado, como ele tratou o seu semelhante.
7. Ouçamos Nosso Senhor no
Evangelho: “Ouvistes que foi
dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém,
vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será
réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão de cretino, será réu do sinédrio;
e qualquer que lhe disser louco, será réu do fogo do inferno.
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo”. (Mat V, 21)
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo”. (Mat V, 21)
E noutra passagem:
“Então Pedro, aproximando-se dele, disse: “Senhor, até quantas vezes pecará meu
irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” Jesus
lhe disse: “Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo
rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez
mil talentos; e, não tendo ele com que
pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos,
com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava,
dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então o Senhor daquele servo, movido de íntima
compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe
devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que
me deves. Então o seu companheiro,
prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo
te pagarei. Ele, porém, não quis, antes
foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia,
contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então o seu senhor, chamando-o à sua presença,
disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. (Mat. XVIII, 21-35)
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. (Mat. XVIII, 21-35)
Explicação da gravura
1º Santo Estêvão
perdoando aos seus verdugos, e 2º reconciliação de Jacob e Esaú; 3º são
Cipriano manda dar dinheiro aos que hão-de martirizar.
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