S. Tomás Moro disse muitas vêzes a um libertino: "Muda de vida, que já é tempo!" e o outro respondia: "Não temas, amigo, em caso de morte repentina tenho esta jaculatória: Perdão, Senhor!"
Uma vez ao passar a cavalo a ponte do rio Tâmisa, o cavalo empacou e atirou o infeliz ao rio, onde, não sabendo nadar, pereceu afogado. Os amigos, que o acompanhavam, ouviram-lhe as últimas palavras, que, por certo, não eram uma jaculatória, mas uma blasfêmia. Dirigindo-se ao cavalo disse: "Que o diabo te carregue a ti e a mim!"
Com Deus não se brinca impunemente, diz S. Paulo. Por isso é temerário pretender na hora da morte aquela graça que agora repeles e desprezas.
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