19 de novembro de 2019

A ALMA DE TODO APOSTOLADO

J. B. Chautard

Parte 2/4

A necessidade da vida interior esta tão longe de desviar das obras de zelo as almas generosas, se a vontade de Deus claramente conhecida lhes manifestar como um dever o encarregarem-se delas, que subtrair-se a esse trabalho ou tratá-lo com negligência, desertar do campo de batalha com o pretexto de melhor cultivar a própria alma e chegar a uma união mais perfeita com Deus, seria pura ilusão e, em certos casos, origem de verdadeiros perigos. Vae mihi, diz São Paulo, si nom evangelizávero.
Feita esta reserva, apressamo-nos em dizer que consagrar-se alguém à conversão das almas, esquecendo-se de si mesmo, origina uma ilusão mais grave. Deus quer que amemos ao próximo como a nós mesmos, mas nunca mais que a nós mesmos, isto é, nunca a ponto de pessoalmente nos prejudicarmos, o que, na prática, equivale a exigir mais cuidados com a nossa própria alma do que com a alma alheia, visto que o nosso zelo deve ser regulado pela caridade; o prima sibi cháritas permanece um adágio teológico.

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