UM RAIO VINGADOR
Era a primeira vez que naquele bairro se profanava o dia de festa de guarda. O dono da fazenda ordenou que seus camaradas trabalhassem na terra o dia inteiro, não fazendo caso das advertências recebidas. A gente religiosa e boa, escandalizada, esperava o castigo de um momento para outro. Com efeito, no dia seguinte, desencadeou-se um terrível furacão. Todos rezavam e tremiam, pois no bairro se ofendera a Deus grave e escandalosamente e ele vingaria o ultraje. E eis que, no mais forte da trovoada, caiu um raio na propriedade do fazendeiro profanador, reduziu o edifício a escombros e queimou tudo que havia nele, sendo inúteis todos os esforços empregados para apagar o incêndio.
Deus é paciente. Nem sempre castiga imediatamente; nem por isso devemos abusar.
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