13 de Março
“Nada Desejar, Nada Pedir, Nada Recusar”
Quando a alma realizou, com a purificação dos próprios pecados e o gradativo progresso nas virtudes, o que Santo Afonso chama a unificação da própria vontade com a Vontade de Deus, nada mais deseja neste mundo. Ela fica como um lago sereno e sempre tranquilo, onde se espelham o sol da justiça e o céu azul da paz. O coração humano, quando vive longe da Vontade de Deus, é um oceano agitado pelas tempestades de mil desejos. Quem busca essa Santíssima Vontade e sabe querer o que Deus quer, realiza o ideal de abandono, que São Francisco de Sales exprime nestas poucas palavras, as quais, como tantas outras do melífluo doutor, são um programa de perfeição:
“Nada desejar, nada pedir, nada recusar!”
Nada desejar! Sim! Pois Deus não nos basta? Por que alimentarmos desejos irrealizáveis? A quem Deus não basta, nada basta.
Nada pedir! Entendamo-nos: nada pedir fora da vontade de Deus, principalmente em se tratando de coisas temporais.
Nada recusar! Veio-nos uma contradição? Não a recusemos. Uma alegria, também não. Dores, calúnias, perseguições, reveses, pobreza, ingratidões, desolações interiores? Nada recusar!… Por quê? Porque é a Vontade de Deus! E a Vontade de Deus é toda santa e amável, quer nosso bem.
Seríamos felizes, neste mundo, e nosso pobre coração sofreria menos, se realizássemos perfeitamente o ideal do abandono: nada desejando, nada pedindo, nada recusando…
Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ
13 de março de 2022
O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA
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