30 de Março
Minhas Misérias
São Paulo tem uma palavra consoladora em relação à nossa miséria: Diligentibus Deum, omnia cooperanturin bonum – “Aos que amam a Deus, tudo coopera para o bem”. E Santo Agostinho acrescenta: Etiam peccata – “Até os pecados”. Sim, porque os pecados nos humilham e nossas misérias nos obrigam a tocar o fundo de nossa abjeção e desconfiar de nós.
Os santos mestres da vida espiritual nos dizem, com São Francisco de Sales: Quanto mais nos sentimos miseráveis, tanto mais devemos confiar na Misericórdia de Deus. Porque, entre a Misericórdia e a miséria, há uma ligação tão grande que uma não pode se exercer sem a outra. E por quê? Mons. Charles Gay nos dá a razão: O pecado atinge a Deus no sentido de que O ofende, nunca no de que O modifica. Modifica os seus atos, mas não a sua essência, nem muda o seu amor para conosco. Assim como, em face do nada, sua bondade se torna amor, assim também, para com o pecador, seu amor se torna misericórdia.
Deus só exige uma coisa: que tenhamos confiança Nele. Que consolação! Nossos pecados, que ofenderam a Majestade Infinita de Deus, nossas misérias tão grandes, vão servir de lenha para um Incêndio de Amor! Longe de nos entristecer, devemos regozijar-nos, com Santa Teresinha, por nos vermos tão miseráveis e tão necessitados de misericórdia! Abençoadas misérias! Talvez que, sem elas, não experimentássemos, ó Clementíssimo Jesus, as doçuras do Vosso Amor Misericordioso!
Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ
30 de março de 2022
O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA
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