9 de Janeiro
A Mãe e a Madrasta
A adversidade nos assusta. Somos tão pusilânimes! Ela é um remédio amargo que o Médico Celeste nos prescreve para curar-nos dos males que acompanham a prosperidade.
“A prosperidade, diz São Francisco de Sales, tem atrativos que encantam os sentidos e adormecem a razão. Ela nos faz mudar imperceptivelmente de vida, de tal sorte que nos apegamos aos dons e nos esquecemos do Benfeitor”. (1)
Correr-nos tudo bem na vida nem sempre é bom sinal. Cuidado! O Padre Jerônimo perguntou um dia a Santo Inácio como alcançar caminho mais curto da perfeição e do Céu.
Respondeu o Santo que era sofrendo muitas e grandes adversidades por amor de Jesus Cristo. Não foi a senda das adversidades a trilhada pelos santos? Não há virtude sólida sem provação. A adversidade é uma mina de ouro da qual se podem tirar as mais altas virtudes e méritos inesgotáveis.
“A prosperidade, dizia ainda São Francisco de Sales, é madrasta da virtude, cuja mãe é a adversidade.”
É nos braços de tão boa mãe que nos salvaremos. Temos que sofrer a pena do pecado, ou aqui ou no Purgatório. A adversidade é um purgatório antecipado, menos terrível e mais eficaz. Deus não castiga duas vezes a mesma falta. Depois de nos ter purificado no crisol do sofrimento, como o ouro na fornalha, Ele nos achará dignos d’Ele, e nos receberá como vítimas de holocausto.
Ó adversidade, mãe boa, ainda que austera, tomai-nos, salvai-nos!
Quanto à prosperidade… Cuidado com a madrasta!
Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ
9 de janeiro de 2022
O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA
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