Desde minha entrada na Arca Bendita, sempre pensei que se Jesus não me arrebatasse bem depressa para o Céu, minha sorte seria a da pombinha de Noé. Um dia o Senhor abriria a janela da Arca, e dir-me-ia que voasse muito longe, muito longe, em direção das plagas infiéis, carregando comigo o raminho de oliveira. Esse pensamento, minha Madre, fez minha alma crescer, fez-me pairar mais alto que todo o criado. Compreendi que, até no Carmelo, poderia haver separações, que só no Céu a união seria completa e eterna. Quis então que minha alma habitasse nos Céus, não olhasse senão de longe para as coisas.
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