Quando quero repousar meu coração, fatigado das trevas que o rodeiam, com a lembrança do país luminoso, pelo qual aspiro, meu tormento redobra. Parece-me que as trevas, emprestando a voz dos pecadores, me dizem, escarnecendo de mim: - "Sonhas a luz, uma pátria embalsamada dos mais suaves perfumes. Sonhas a posse eterna do Criador de todas essas maravilhas. Acreditas que um dia sairás dos nevoeiros que te cercam. Avante! Avante! Alegra-te com a morte. Dar-te-á não o que esperas, mas uma noite mais fechada ainda, a noite do nada".
A imagem que vos quis apresentar das trevas que obscurecem minha alma, é tão imperfeita, quanto o é o esboço em comparação com o modelo. Não quero, todavia, estender-me mais sobre o assunto. Recearia blasfemar... Sinto até medo de ter falado demais...
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