O erro protestante
O Evangelho começa com uma solene afirmação da necessidade da justiça e com a condenação dos fariseus:
Se a vossa justiça não exceder à dos escribas e fariseus, diz o Salvador, não entrareis no reino dos céus!
Tal justiça farisaica era toda de aparência.
Evitavam os fariseus cuidadosamente tudo o que podia desacreditá-los aos olhos dos homens, mas não davam importância ao interior que só Deus enxerga.
Assim fazem também as seitas religiosas falsas, fazem consistir a sua religião em certas práticas exteriores e não se preocupam com o interior.
Entre estas seitas apresenta-se em primeiro lugar o protestantismo.
Depois de termos estudado os quatro principais distintivos da Igreja verdadeira, e em conseqüência, da religião verdadeira, será útil verificar que nenhuma das seitas religiosas humanas possui tais característicos.
Falemos do erro mais espalhado, ou melhor, dos milhares de erros englobados sob o título de protestantismo, averiguando que tal protestantismo, fundado por Lutero, é uma aberração radical contra os princípios básicos da religião.
Vejamos:
1. O que é o protestantismo.
2. Quais são os seus erros básicos.
Basta conhecer estes dois aspectos do protestantismo para se compreender que nada possui dos requisitos de uma religião divina.
Não devia haver no cristianismo senão uma única religião, pois que Jesus Cristo ensinou um único conjunto de doutrinas e estabeleceu uma única autoridade, porém espíritos irrequietos, levados pelo orgulho ou arrastados pela sensualidade, achavam certas verdades difíceis de crer e penosas de praticar, por isso procuravam adaptá-las às suas paixões, negando-as ou desnaturando-as.
É a origem das seitas heréticas entre as quais a principal é o protestantismo.
A igreja protestante foi fundada por Martinho Lutero, monge apóstata, de um orgulho sem medida e de uma sensualidade sem barreira.
Foi em 1517 que o herege separou uma parte da Alemanha da Igreja Católica.
Pouco depois, em 1532, Calvino fez na França o que Lutero havia feito na Alemanha.
Os discípulos destes dois hereges, ambos de vida escandalosa e devassa, chamam-se protestantes, porque protestaram contra a autoridade da Igreja.
O nome de reformados lhes foi dado em alusão à pretensa missão que Lutero e Calvino se arrogaram, de reformarem a Igreja de Jesus Cristo.
Um protestante é, pois, um cristão que protesta contra as doutrinas e práticas da Igreja Católica.
É a sua definição essencial: É uma aversão comum à doutrina Católica, ou ainda: É a doutrina Católica hostilizada, ou ainda: É uma negação de tudo o que afirma a Igreja Católica.
Eis três definições exatas da essência do protestantismo.
Quando a Igreja Católica diz: Sim; o protestantismo retruca: não. Quando Ela diz: Não; o protestantismo brada: sim.
Esta mania de protestar fez dizer a um bispo protestante com uma sinceridade um tanto brutal, porém, clara: O protestantismo é a abjuração do papismo.
O celebre De Maistre, tem uma frase profunda neste mesmo sentido: O protestantismo, diz ele, conserva apenas o mesmo nome, mudando continuadamente a sua fé, porque, seu nome sendo puramente negativo e exprimindo apenas a renúncia ao Catolicismo, menos ele acredita, mais ele protesta e melhor protestante ele é. (Do Papa L. IV. C. 5)
Protestar é, pois, da essência do protestantismo.
“No dia em que eles deixassem de reformar e protestar, diz Sabatier, professor protestante da faculdade de Paris, no dia em que reconhecessem uma autoridade exterior, como regra e prova de fé, nesse dia deixariam de ser protestantes, nesse momento se suicidariam.”
O protestantismo, como religião não existe, o que existe são protestantes, ou homens que protestam contra a religião Católica e estes homens não têm outra ligação entre eles, senão o protesto comum.
São comunistas na doutrina, como os bolchevistas são comunistas nos bens exteriores.
Os erros protestantes são tantos quantas são as verdades que a Igreja Católica ensina.
O protestantismo só acredita em seu protesto contra a Igreja e se fossem sinceros deviam resumir a sua religião nesta frase: “afirmamos tudo o que a Igreja Católica nega; e negamos tudo o que Ela afirma.”
- A Igreja Católica crê que S. Pedro e seus sucessores são os representantes de Cristo na terra.
Os protestantes protestam: não querem chefe.
- A Igreja crê que Jesus Cristo está realmente presente na Eucaristia.
Os protestantes protestam: não admitem a Eucaristia.
- A Igreja crê na pureza imaculada da Mãe de Jesus honrando-a e invocando-a.
Os protestantes protestam: Maria Santíssima é uma mulher como as demais.
- A Igreja crê na confissão, no poder que o sacerdote recebe de Cristo de perdoar os pecados.
Os protestantes não admitem o perdão dos pecados, são uns santinhos.
- A Igreja crê no céu para os justos, no inferno para os maus e no purgatório para aqueles que têm de expiar ainda umas faltas.
Os protestantes protestam: o céu é para eles só; o inferno para os Romanos e o purgatório não existe.
- A Igreja crê na intercessão dos santos, no culto dos finados, na união entre os vivos e os mortos.
Os protestantes protestam: não há santos; os mortos devem ficar esquecidos e nada há de comum entre os vivos e os mortos.
- A Igreja crê nos sete sacramentos, no poder da oração, no valor das boas obras, nas indulgências concebidas para o bem das almas.
Os protestantes protestam: não há sacramentos, a oração não tem valor, só valem os cânticos; o homem não deve fazer boas obras e as indulgências são uma invenção do demônio.
- A Igreja crê na Bíblia como um livro divino, exigindo uma interpretação autêntica, feita por uma autoridade legítima.
Os protestantes protestam, considerando a Bíblia toda humana, a qual interpretam humanamente e que se adapta ao sabor de cada um.
- A Igreja crê na tradição, ou palavra pregada por Nosso Senhor e os Apóstolos e não escrita.
O protestantismo só aceita a palavra escrita que torce a seu talante e faz dizer o que ele quer.
Tal é o protestantismo: é uma continua oposição à Igreja; um parasita do Catolicismo; só vive pela negação e da negação.
A Igreja Católica tem um ensino positivo: o protestantismo é a sua negação.
A Igreja Católica é o sol luminoso e resplandecente do dia; o protestantismo constitui as trevas da noite.
A Igreja Católica é uma instituição divina, harmoniosa, hierárquica; o protestantismo é a desordem, a revolta, a balbúrdia.
A Igreja Católica é a árvore frondosa, em cujos ramos as aves do céu, que são os Santos, se aninham; o protestantismo é o parasita que chupa a seiva do tronco e dos galhos, para esterilizá-los.
A Igreja Católica é a ponte que liga a terra ao céu, onde os homens devem passar, para da terra subirem ao céu.
O protestantismo é o abismo horrendo, que passa por baixo da ponte, onde se precipitam aqueles que desprezam a ponte.
Para terminar, resumamos tudo em duas palavras.
A Igreja Católica é a obra de Deus, fundada por Deus, sustentada por Deus, inspirada por Deus, fazendo as obras de Deus.
O protestantismo é obra de Lutero, Calvino, Knox, Leyde e outros hereges, cada um mais triste que o outro; obra inspirada pelo orgulho e a libertinagem, sustentada pela teimosia e o interesse, fazendo obras de revolta e destruição. Vós os conhecereis pelos seus frutos, profetizou o divino Mestres (Math. VII. 20).
Para retomar o versículo do Evangelho, por onde começamos, pode-se dizer que o protestantismo é a justiça dos fariseus e estes não entrarão no reino dos Céus.
1. Lutero e Catarina
Uma tarde Lutero passeava no seu jardim com a sua amásia Catarina de Bora.
As estrelas brilhavam com extraordinário fulgor: o céu parecia em festa.
- Vês como brilham estas estrelas, disse Catarina, apontando para o firmamento, como é belo lá em cima!
Lutero, levantado os olhos, exclamou com um riso zombeteiro:
- Oh! Deslumbrante iluminação!... mas... infelizmente não é para nós!
- E por que? Replicou Catarina, seríamos, por acaso, deserdados do reino do céu?
Lutero suspirou tristemente, impressionado por esta pergunta, e respondeu:
- Talvez, em castigo de termos abandonado o nosso estado.
- Seria bom, então, voltar para ele? Perguntou Catarina.
- É muito tarde, o carro está por demais atolado, respondeu o herege, mudando de conversa.
Que confissão dolorosa, porém, clara!
2. O medo de Lutero
Conta-se na vida de Lutero o seguinte:
Uma noite estava sentado ao lado da sua amásia Catarina, esquentando as mãos ao fogão da sala. Parecia taciturno, contrariado.
De repente, pegando pelo pulso o braço da companheira, introduziu-lhe a mão violentamente no meio das chamas.
Catarina soltou um grito...
- Que tens, mulher? Disse Lutero, sombrio, que tens?! Temos que nos acostumar ao fogo, pois é o que nos espera no outro mundo!
Vê-se neste fato, que o fundador do protestantismo não acreditava em sua reforma; nem podia acreditar, pois ele sabia que tudo era o fruto da revolta.
Naqueles momentos de lucidez, não podia impor silêncio à sua consciência e, mau grado seu, revoltada contra si mesma, ela proclamava a única verdade.
3. Confissão de Melanchton
Melanchton era companheiro inseparável de Lutero. A seu próprio convite, sua mãe se fizera protestante, porém, sem convicção.
Caiu, doente e sentiu a morte aproximar-se. Chamou o filho, que a amava sinceramente. Juntando as mãos, a velhinha perguntou suplicante a Melanchton: “Meu filho, como sabes eu abjurei o Catolicismo para lhe agradar, mas sinto-me perturbada; seja sincero, agora que estou para morrer, e diga-me, se é melhor morrer como protestante ou voltar atrás e morrer como católica!”
O apóstata não hesitou.
- Minha mãe, disse ele, inclinando a cabeça, não posso enganá-la: O protestantismo é talvez melhor para viver, mas o catolicismo é melhor para morrer.
E Melanchton mandou chamar um Padre católico para dar os últimos Sacramentos à sua mãe moribunda. (1)
Se a vossa justiça não exceder à dos escribas e fariseus, diz o Salvador, não entrareis no reino dos céus!
Tal justiça farisaica era toda de aparência.
Evitavam os fariseus cuidadosamente tudo o que podia desacreditá-los aos olhos dos homens, mas não davam importância ao interior que só Deus enxerga.
Assim fazem também as seitas religiosas falsas, fazem consistir a sua religião em certas práticas exteriores e não se preocupam com o interior.
Entre estas seitas apresenta-se em primeiro lugar o protestantismo.
Depois de termos estudado os quatro principais distintivos da Igreja verdadeira, e em conseqüência, da religião verdadeira, será útil verificar que nenhuma das seitas religiosas humanas possui tais característicos.
Falemos do erro mais espalhado, ou melhor, dos milhares de erros englobados sob o título de protestantismo, averiguando que tal protestantismo, fundado por Lutero, é uma aberração radical contra os princípios básicos da religião.
Vejamos:
1. O que é o protestantismo.
2. Quais são os seus erros básicos.
Basta conhecer estes dois aspectos do protestantismo para se compreender que nada possui dos requisitos de uma religião divina.
I. O que é o protestantismo
Não devia haver no cristianismo senão uma única religião, pois que Jesus Cristo ensinou um único conjunto de doutrinas e estabeleceu uma única autoridade, porém espíritos irrequietos, levados pelo orgulho ou arrastados pela sensualidade, achavam certas verdades difíceis de crer e penosas de praticar, por isso procuravam adaptá-las às suas paixões, negando-as ou desnaturando-as.
É a origem das seitas heréticas entre as quais a principal é o protestantismo.
A igreja protestante foi fundada por Martinho Lutero, monge apóstata, de um orgulho sem medida e de uma sensualidade sem barreira.
Foi em 1517 que o herege separou uma parte da Alemanha da Igreja Católica.
Pouco depois, em 1532, Calvino fez na França o que Lutero havia feito na Alemanha.
Os discípulos destes dois hereges, ambos de vida escandalosa e devassa, chamam-se protestantes, porque protestaram contra a autoridade da Igreja.
O nome de reformados lhes foi dado em alusão à pretensa missão que Lutero e Calvino se arrogaram, de reformarem a Igreja de Jesus Cristo.
Um protestante é, pois, um cristão que protesta contra as doutrinas e práticas da Igreja Católica.
É a sua definição essencial: É uma aversão comum à doutrina Católica, ou ainda: É a doutrina Católica hostilizada, ou ainda: É uma negação de tudo o que afirma a Igreja Católica.
Eis três definições exatas da essência do protestantismo.
Quando a Igreja Católica diz: Sim; o protestantismo retruca: não. Quando Ela diz: Não; o protestantismo brada: sim.
Esta mania de protestar fez dizer a um bispo protestante com uma sinceridade um tanto brutal, porém, clara: O protestantismo é a abjuração do papismo.
O celebre De Maistre, tem uma frase profunda neste mesmo sentido: O protestantismo, diz ele, conserva apenas o mesmo nome, mudando continuadamente a sua fé, porque, seu nome sendo puramente negativo e exprimindo apenas a renúncia ao Catolicismo, menos ele acredita, mais ele protesta e melhor protestante ele é. (Do Papa L. IV. C. 5)
Protestar é, pois, da essência do protestantismo.
“No dia em que eles deixassem de reformar e protestar, diz Sabatier, professor protestante da faculdade de Paris, no dia em que reconhecessem uma autoridade exterior, como regra e prova de fé, nesse dia deixariam de ser protestantes, nesse momento se suicidariam.”
O protestantismo, como religião não existe, o que existe são protestantes, ou homens que protestam contra a religião Católica e estes homens não têm outra ligação entre eles, senão o protesto comum.
São comunistas na doutrina, como os bolchevistas são comunistas nos bens exteriores.
II. O erro básico
Os erros protestantes são tantos quantas são as verdades que a Igreja Católica ensina.
O protestantismo só acredita em seu protesto contra a Igreja e se fossem sinceros deviam resumir a sua religião nesta frase: “afirmamos tudo o que a Igreja Católica nega; e negamos tudo o que Ela afirma.”
- A Igreja Católica crê que S. Pedro e seus sucessores são os representantes de Cristo na terra.
Os protestantes protestam: não querem chefe.
- A Igreja crê que Jesus Cristo está realmente presente na Eucaristia.
Os protestantes protestam: não admitem a Eucaristia.
- A Igreja crê na pureza imaculada da Mãe de Jesus honrando-a e invocando-a.
Os protestantes protestam: Maria Santíssima é uma mulher como as demais.
- A Igreja crê na confissão, no poder que o sacerdote recebe de Cristo de perdoar os pecados.
Os protestantes não admitem o perdão dos pecados, são uns santinhos.
- A Igreja crê no céu para os justos, no inferno para os maus e no purgatório para aqueles que têm de expiar ainda umas faltas.
Os protestantes protestam: o céu é para eles só; o inferno para os Romanos e o purgatório não existe.
- A Igreja crê na intercessão dos santos, no culto dos finados, na união entre os vivos e os mortos.
Os protestantes protestam: não há santos; os mortos devem ficar esquecidos e nada há de comum entre os vivos e os mortos.
- A Igreja crê nos sete sacramentos, no poder da oração, no valor das boas obras, nas indulgências concebidas para o bem das almas.
Os protestantes protestam: não há sacramentos, a oração não tem valor, só valem os cânticos; o homem não deve fazer boas obras e as indulgências são uma invenção do demônio.
- A Igreja crê na Bíblia como um livro divino, exigindo uma interpretação autêntica, feita por uma autoridade legítima.
Os protestantes protestam, considerando a Bíblia toda humana, a qual interpretam humanamente e que se adapta ao sabor de cada um.
- A Igreja crê na tradição, ou palavra pregada por Nosso Senhor e os Apóstolos e não escrita.
O protestantismo só aceita a palavra escrita que torce a seu talante e faz dizer o que ele quer.
III. Conclusão
Tal é o protestantismo: é uma continua oposição à Igreja; um parasita do Catolicismo; só vive pela negação e da negação.
A Igreja Católica tem um ensino positivo: o protestantismo é a sua negação.
A Igreja Católica é o sol luminoso e resplandecente do dia; o protestantismo constitui as trevas da noite.
A Igreja Católica é uma instituição divina, harmoniosa, hierárquica; o protestantismo é a desordem, a revolta, a balbúrdia.
A Igreja Católica é a árvore frondosa, em cujos ramos as aves do céu, que são os Santos, se aninham; o protestantismo é o parasita que chupa a seiva do tronco e dos galhos, para esterilizá-los.
A Igreja Católica é a ponte que liga a terra ao céu, onde os homens devem passar, para da terra subirem ao céu.
O protestantismo é o abismo horrendo, que passa por baixo da ponte, onde se precipitam aqueles que desprezam a ponte.
Para terminar, resumamos tudo em duas palavras.
A Igreja Católica é a obra de Deus, fundada por Deus, sustentada por Deus, inspirada por Deus, fazendo as obras de Deus.
O protestantismo é obra de Lutero, Calvino, Knox, Leyde e outros hereges, cada um mais triste que o outro; obra inspirada pelo orgulho e a libertinagem, sustentada pela teimosia e o interesse, fazendo obras de revolta e destruição. Vós os conhecereis pelos seus frutos, profetizou o divino Mestres (Math. VII. 20).
Para retomar o versículo do Evangelho, por onde começamos, pode-se dizer que o protestantismo é a justiça dos fariseus e estes não entrarão no reino dos Céus.
EXEMPLOS
1. Lutero e Catarina
Uma tarde Lutero passeava no seu jardim com a sua amásia Catarina de Bora.
As estrelas brilhavam com extraordinário fulgor: o céu parecia em festa.
- Vês como brilham estas estrelas, disse Catarina, apontando para o firmamento, como é belo lá em cima!
Lutero, levantado os olhos, exclamou com um riso zombeteiro:
- Oh! Deslumbrante iluminação!... mas... infelizmente não é para nós!
- E por que? Replicou Catarina, seríamos, por acaso, deserdados do reino do céu?
Lutero suspirou tristemente, impressionado por esta pergunta, e respondeu:
- Talvez, em castigo de termos abandonado o nosso estado.
- Seria bom, então, voltar para ele? Perguntou Catarina.
- É muito tarde, o carro está por demais atolado, respondeu o herege, mudando de conversa.
Que confissão dolorosa, porém, clara!
2. O medo de Lutero
Conta-se na vida de Lutero o seguinte:
Uma noite estava sentado ao lado da sua amásia Catarina, esquentando as mãos ao fogão da sala. Parecia taciturno, contrariado.
De repente, pegando pelo pulso o braço da companheira, introduziu-lhe a mão violentamente no meio das chamas.
Catarina soltou um grito...
- Que tens, mulher? Disse Lutero, sombrio, que tens?! Temos que nos acostumar ao fogo, pois é o que nos espera no outro mundo!
Vê-se neste fato, que o fundador do protestantismo não acreditava em sua reforma; nem podia acreditar, pois ele sabia que tudo era o fruto da revolta.
Naqueles momentos de lucidez, não podia impor silêncio à sua consciência e, mau grado seu, revoltada contra si mesma, ela proclamava a única verdade.
3. Confissão de Melanchton
Melanchton era companheiro inseparável de Lutero. A seu próprio convite, sua mãe se fizera protestante, porém, sem convicção.
Caiu, doente e sentiu a morte aproximar-se. Chamou o filho, que a amava sinceramente. Juntando as mãos, a velhinha perguntou suplicante a Melanchton: “Meu filho, como sabes eu abjurei o Catolicismo para lhe agradar, mas sinto-me perturbada; seja sincero, agora que estou para morrer, e diga-me, se é melhor morrer como protestante ou voltar atrás e morrer como católica!”
O apóstata não hesitou.
- Minha mãe, disse ele, inclinando a cabeça, não posso enganá-la: O protestantismo é talvez melhor para viver, mas o catolicismo é melhor para morrer.
E Melanchton mandou chamar um Padre católico para dar os últimos Sacramentos à sua mãe moribunda. (1)
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1) Cf. o nosso livro: “O diabo, Lutero e o protestantismo”
(MARIA, P. Júlio. Comentário Apologético do Evangelho Dominical. O Lutador, 1940, p. 260 – 268)
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