A Apostolicidade da igreja
Para terminar os quatro característicos que devem distinguir a Igreja verdadeira das demais seitas religiosas, resta-nos um último a considerar: a apostolicidade, isto é, o fato de ter sido fundada por Jesus Cristo, sobre os Apóstolos.
É o Evangelho que nos fornece mais esta quarta nota. Este Evangelho de hoje narra a pesca milagrosa e a vocação dos Apóstolos.
Esta pesca representa a ação dos Apóstolos no mundo: devem ser pescadores de homens.
Havia lá duas barcas que estavam à margem do lago, diz o Evangelho.
Jesus entrou numa delas, na de Pedro, e dela manda lançar as redes para pescar.
Como tudo é significativo e claro!
Jesus muda o ofício dos Apóstolos: de pescadores de peixes vão tornar-se pescadores de homens.
Jesus estava com eles, na barca de Pedro.
Ele preside: Pedro é o piloto.
Esta barquinha é a Igreja Católica.
Jesus é o chefe supremo.
Pedro é o seu representante.
Os Apóstolos são os seus auxiliares.
A Igreja está fundada. O seu chefe está escolhido, o ofício de seus ministros esta determinado.
Basta agora provar que a Igreja fundada nesta hora solene se tenha perpetuado através dos séculos, continuando a ser a Igreja Apostólica. É o que vamos fazer meditando esta Apostolicidade:
1. No governo da Igreja;
2. Na doutrina que ensina.
Eis dois pontos importantes que devem dissipar as últimas trevas que podem envolver o espírito dos ignorantes ou iludidos.
A Apostolicidade da Igreja é fundada sobre as palavras de Jesus Cristo que disse que iria fundar a sua Igreja sobre Pedro, o chefe dos Apóstolos: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Math. XVI. 18)
Disse-lhes também: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. (Marcos, XVI. 15)”
Por ordem divina, a Igreja tem, pois, o dever de espalhar a religião de Jesus Cristo no mundo inteiro.
Este ensino deve encontrar-se em todos os tempos, sem interrupção, sempre idêntico e sempre pregado pelos Apóstolos e seus sucessores.
A razão nos demonstra a mesma verdade: a Igreja é uma sociedade, é a significação da palavra: Igreja, significa: reunião.
Ora, em toda sociedade é necessário, para a sua estabilidade, que os governantes recebam o seu poder da autoridade suprema, diretamente ou indiretamente, por um intermediário seguro.
É preciso, pois, que na Igreja verdadeira, em qualquer momento da sua existência, se possam encontrar os Apóstolos, e por eles, Jesus Cristo vivo, falando, agindo, pelo Papa, e pelos Bispos, pois S. Paulo disse: que o Espírito Santo havia posto os Bispos para regerem a Igreja. (Atos XX. 28)
Cada um deles deve poder dizer: não sou eu quem mando ou ensino, mas sim, Pedro, Jesus Cristo.
Examinando de perto o governo da Igreja, achamos necessariamente que o modo de governar que a distingue hoje é o mesmo, sem nenhuma modificação, que aquele estabelecido por Jesus Cristo.
Podemos remontar de Pontífice a Pontífice, de Pio XII governando hoje, até chegar a São Pedro, e até à Jesus Cristo, sem encontrar outra dificuldade a não ser a da eleição do Papa em certas épocas perturbadas.
Nunca alguém pode dizer: “a Igreja Católica não existe mais! Ela mudou o seu modo de governar.”
Os impérios são substituídos pelas monarquias, as monarquias, pelas repúblicas, as repúblicas, pelo totalitarismo, um só governo não muda: é o governo da Igreja.
Sente-se neste fato qualquer coisa de sobre-humano, pois as mudanças de nações, de tempo, de civilização, de idéias, se produzem com uma imperiosidade irresistível, abatendo instituições, homens e reinos, e no meio destas revoluções demolidoras, o governo da Igreja Católica permanece sempre o mesmo.
Não pode ser uma instituição humana: é necessariamente divina.
Eis, porém, uma maravilha mais admirável ainda: A Igreja Católica pode provar que o seu ensino é o mesmo que o dos Apóstolos.
Nesta larga sucessão de Soberanos Pontífices, guardas da doutrina, interroguemos por acaso, a um destes Papas.
Um S. Clemente, do segundo século,
Um S. Victor, do terceiro,
Um S. Marcelino, do quarto,
Um Sto. Anastácio, do quinto,
Um S Símaco, do sexto,
Um S. Bonifácio, do sétimo,
Um S. Sérgio, do oitavo, etc.
Ou aos últimos, do século passado, indaguemos deles qual é a sua doutrina... e cada um deles repetirá a palavra de Jesus Cristo:
Mea doctrina non est mea, sed ejus qui misit me (Joan. VII. 16).
A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
É o que o Papa Leão XIII, escreveu numa das suas encíclicas em nome de todos os Papas.
“Esta doutrina não é nossa; transmitimo-la tal qual a temos recebido, e não nos é permitido subtrair ou ajuntar-lhe nem um jota”.
A Apostolicidade da Igreja Católica constitue a sua força principal, pois o dilema é irrefutável. A Igreja remonta até aos Apóstolos, é histórica e evangelicamente certo; ora, Jesus Cristo prometeu estar sempre com a sua Igreja não permitindo que as portas do inferno prevalecessem contra ela.
Logo, das duas uma conclusão deve ser adotada: ou o Cristo foi fiel à sua palavra ou mentiu. Se foi fiel, a Igreja não pode ter caído no erro, e continua a professar a religião verdadeira. Se foi mentiroso, Ele deixa de ser Deus, e então fora com o Cristianismo inteiro, estamos todos iludidos, enganados.
Este argumento impressionava tanto os antigos doutores, que faziam dele o argumento exclusivo contra os hereges.
“D'onde vindes?” perguntavam.
De quem recebestes a vossa missão?
O que anunciais é novo... não sucedestes a ninguém; sois somente de ontem.
No segundo século, certos cristãos diziam-se discípulos de Marcião: Tertuliano os fulminava com estas palavras: “Sois de ontem”.
No 4o e 5o séculos certos cristãos diziam-se discípulos de Ário e de Nestório. Santo Atanásio, S. Leão e Santo Agostinho os confundiam com estas simples palavras: “Sois de ontem”.
Em tempos mais recentes, Lutero, Calvino, Henrique VIII, Knox, Allan Kardec, apareceram na cena do teatro herético. Para confundi-los basta dizer: “Sois de ontem!”.
São novidades, são obras dos homens, pois não têm nenhuma ligação com os Apóstolos e com Jesus Cristo. São ramos decepados do tronco, e o pouco de odor que possuem, devem-no ao pouco de seiva católica que lhes resta.
A conclusão é de longo alcance: de consolação para os Católicos, de esmagadora revelação para os dissidentes.
É certo que Jesus Cristo instituiu uma Igreja: “Edificarei a minha Igreja”.
É certo que esta Igreja foi construída sobre Pedro: “Sobre esta pedra (Pedro) edificarei”.
É certo que esta Igreja é uma só: a minha Igreja. E para descobrir esta Igreja, no meio das muitas Igrejas heréticas e cismáticas que pretendem ser a Igreja verdadeira, é preciso remontar aí ao berço destas Igrejas, e escolher aquela que por uma sucessão ininterrupta fique ligada aos Apóstolos e ao próprio Cristo.
É uma verificação relativamente fácil.
O protestantismo em bloco, sem falar das suas centenas de denominações ou seitas, não remonta além de Lutero.
É em 1518 que Lutero lança o seu protesto contra a autoridade da Igreja e funda o seu triste protestantismo.
É em 1847 nos Estados Unidos, que as irmãs Fox protestantes lançaram as bases do louco espiritismo.
E quando nasceu a Igreja Católica?
Quem foi o seu fundador?
A história emudece, os séculos emudecem... e só uma voz: a da verdade, exclamou: Ela nasceu à beira do lago de Genesaré, sob a voz de Cristo dizendo: “Farei de vós pescadores de homens... Pedro, apascenta as minhas ovelhas, apascenta os meus cordeiros... Dou-te as chaves do reino do céu... Quem vos escuta, a mim escuta... Ide no mundo inteiro, pregai o Evangelho à toda criatura”.
Eis o fundamento da Igreja Católica, posto por Jesus Cristo, sobre os Apóstolos.
Somente esta Igreja é Apostólica...
Somente ela é a Igreja verdadeira de Jesus Cristo.
Incalculável é o número dos inimigos da Igreja. Ela é o objeto do ódio dos escravos do pecado, por causa do zelo com que persegue o vício - dos hereges, por causa do testemunho que dá a verdade - dos incrédulos, por causa da perseverança com que põe a calvo os sofismas da sua falsa sabedoria e da sua profunda ignorância.
E estes inimigos não se apresentam isolados contra a Igreja; embora estejam eles mesmos, continuadamente em guerra entre eles, fazem causa comum, desde que se trate da Igreja.
Luterano e reformado, mytho e racionalista, herege e cismático, maçom, panteísta, ateu, livre-pensador, todos contrataram uma aliança sagrada contra a Igreja. Mais de um príncipe empresta a esta liga de ódio a espada que lhe foi confiada por Deus para castigar os criminosos.
Esta liga de ódio tem nas mãos a imprensa, que se enche de calúnias contra a Igreja, e tem também recursos pecuniários imensos.
E apesar de toda esta potência que se levanta contra ela, a Igreja Católica, tão ultrajada, tão caluniada, nos jornais, nas escolas, nos livros, apresentada como um cadáver em putrefação, despojada de todo esplendor terrestre, esta Igreja Católica permanece sempre a mesma, faz cada dia novas conquistas.
Mais ela é perseguida por causa da verdade, mais ela se firma na verdade.
Os Impérios caem e ela fica em pé no meio das ruínas.
É bem diante de tal cena que se deve exclamar: o dedo de Deus está aí!... e dizer com Ricardo de São Victor: “Se nós nos enganamos, Senhor, és tu que nos enganaste, pois todas estas coisas têm sido confirmadas por tantos prodígios e por milagres tão estupendos, que não podem se ter realizados sem Vós”.
É o Evangelho que nos fornece mais esta quarta nota. Este Evangelho de hoje narra a pesca milagrosa e a vocação dos Apóstolos.
Esta pesca representa a ação dos Apóstolos no mundo: devem ser pescadores de homens.
Havia lá duas barcas que estavam à margem do lago, diz o Evangelho.
Jesus entrou numa delas, na de Pedro, e dela manda lançar as redes para pescar.
Como tudo é significativo e claro!
Jesus muda o ofício dos Apóstolos: de pescadores de peixes vão tornar-se pescadores de homens.
Jesus estava com eles, na barca de Pedro.
Ele preside: Pedro é o piloto.
Esta barquinha é a Igreja Católica.
Jesus é o chefe supremo.
Pedro é o seu representante.
Os Apóstolos são os seus auxiliares.
A Igreja está fundada. O seu chefe está escolhido, o ofício de seus ministros esta determinado.
Basta agora provar que a Igreja fundada nesta hora solene se tenha perpetuado através dos séculos, continuando a ser a Igreja Apostólica. É o que vamos fazer meditando esta Apostolicidade:
1. No governo da Igreja;
2. Na doutrina que ensina.
Eis dois pontos importantes que devem dissipar as últimas trevas que podem envolver o espírito dos ignorantes ou iludidos.
I. Apostolicidade no governo
A Apostolicidade da Igreja é fundada sobre as palavras de Jesus Cristo que disse que iria fundar a sua Igreja sobre Pedro, o chefe dos Apóstolos: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Math. XVI. 18)
Disse-lhes também: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. (Marcos, XVI. 15)”
Por ordem divina, a Igreja tem, pois, o dever de espalhar a religião de Jesus Cristo no mundo inteiro.
Este ensino deve encontrar-se em todos os tempos, sem interrupção, sempre idêntico e sempre pregado pelos Apóstolos e seus sucessores.
A razão nos demonstra a mesma verdade: a Igreja é uma sociedade, é a significação da palavra: Igreja, significa: reunião.
Ora, em toda sociedade é necessário, para a sua estabilidade, que os governantes recebam o seu poder da autoridade suprema, diretamente ou indiretamente, por um intermediário seguro.
É preciso, pois, que na Igreja verdadeira, em qualquer momento da sua existência, se possam encontrar os Apóstolos, e por eles, Jesus Cristo vivo, falando, agindo, pelo Papa, e pelos Bispos, pois S. Paulo disse: que o Espírito Santo havia posto os Bispos para regerem a Igreja. (Atos XX. 28)
Cada um deles deve poder dizer: não sou eu quem mando ou ensino, mas sim, Pedro, Jesus Cristo.
Examinando de perto o governo da Igreja, achamos necessariamente que o modo de governar que a distingue hoje é o mesmo, sem nenhuma modificação, que aquele estabelecido por Jesus Cristo.
Podemos remontar de Pontífice a Pontífice, de Pio XII governando hoje, até chegar a São Pedro, e até à Jesus Cristo, sem encontrar outra dificuldade a não ser a da eleição do Papa em certas épocas perturbadas.
Nunca alguém pode dizer: “a Igreja Católica não existe mais! Ela mudou o seu modo de governar.”
Os impérios são substituídos pelas monarquias, as monarquias, pelas repúblicas, as repúblicas, pelo totalitarismo, um só governo não muda: é o governo da Igreja.
Sente-se neste fato qualquer coisa de sobre-humano, pois as mudanças de nações, de tempo, de civilização, de idéias, se produzem com uma imperiosidade irresistível, abatendo instituições, homens e reinos, e no meio destas revoluções demolidoras, o governo da Igreja Católica permanece sempre o mesmo.
Não pode ser uma instituição humana: é necessariamente divina.
II. Apostolicidade na doutrina
Eis, porém, uma maravilha mais admirável ainda: A Igreja Católica pode provar que o seu ensino é o mesmo que o dos Apóstolos.
Nesta larga sucessão de Soberanos Pontífices, guardas da doutrina, interroguemos por acaso, a um destes Papas.
Um S. Clemente, do segundo século,
Um S. Victor, do terceiro,
Um S. Marcelino, do quarto,
Um Sto. Anastácio, do quinto,
Um S Símaco, do sexto,
Um S. Bonifácio, do sétimo,
Um S. Sérgio, do oitavo, etc.
Ou aos últimos, do século passado, indaguemos deles qual é a sua doutrina... e cada um deles repetirá a palavra de Jesus Cristo:
Mea doctrina non est mea, sed ejus qui misit me (Joan. VII. 16).
A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
É o que o Papa Leão XIII, escreveu numa das suas encíclicas em nome de todos os Papas.
“Esta doutrina não é nossa; transmitimo-la tal qual a temos recebido, e não nos é permitido subtrair ou ajuntar-lhe nem um jota”.
A Apostolicidade da Igreja Católica constitue a sua força principal, pois o dilema é irrefutável. A Igreja remonta até aos Apóstolos, é histórica e evangelicamente certo; ora, Jesus Cristo prometeu estar sempre com a sua Igreja não permitindo que as portas do inferno prevalecessem contra ela.
Logo, das duas uma conclusão deve ser adotada: ou o Cristo foi fiel à sua palavra ou mentiu. Se foi fiel, a Igreja não pode ter caído no erro, e continua a professar a religião verdadeira. Se foi mentiroso, Ele deixa de ser Deus, e então fora com o Cristianismo inteiro, estamos todos iludidos, enganados.
Este argumento impressionava tanto os antigos doutores, que faziam dele o argumento exclusivo contra os hereges.
“D'onde vindes?” perguntavam.
De quem recebestes a vossa missão?
O que anunciais é novo... não sucedestes a ninguém; sois somente de ontem.
No segundo século, certos cristãos diziam-se discípulos de Marcião: Tertuliano os fulminava com estas palavras: “Sois de ontem”.
No 4o e 5o séculos certos cristãos diziam-se discípulos de Ário e de Nestório. Santo Atanásio, S. Leão e Santo Agostinho os confundiam com estas simples palavras: “Sois de ontem”.
Em tempos mais recentes, Lutero, Calvino, Henrique VIII, Knox, Allan Kardec, apareceram na cena do teatro herético. Para confundi-los basta dizer: “Sois de ontem!”.
São novidades, são obras dos homens, pois não têm nenhuma ligação com os Apóstolos e com Jesus Cristo. São ramos decepados do tronco, e o pouco de odor que possuem, devem-no ao pouco de seiva católica que lhes resta.
III. Conclusão
A conclusão é de longo alcance: de consolação para os Católicos, de esmagadora revelação para os dissidentes.
É certo que Jesus Cristo instituiu uma Igreja: “Edificarei a minha Igreja”.
É certo que esta Igreja foi construída sobre Pedro: “Sobre esta pedra (Pedro) edificarei”.
É certo que esta Igreja é uma só: a minha Igreja. E para descobrir esta Igreja, no meio das muitas Igrejas heréticas e cismáticas que pretendem ser a Igreja verdadeira, é preciso remontar aí ao berço destas Igrejas, e escolher aquela que por uma sucessão ininterrupta fique ligada aos Apóstolos e ao próprio Cristo.
É uma verificação relativamente fácil.
O protestantismo em bloco, sem falar das suas centenas de denominações ou seitas, não remonta além de Lutero.
É em 1518 que Lutero lança o seu protesto contra a autoridade da Igreja e funda o seu triste protestantismo.
É em 1847 nos Estados Unidos, que as irmãs Fox protestantes lançaram as bases do louco espiritismo.
E quando nasceu a Igreja Católica?
Quem foi o seu fundador?
A história emudece, os séculos emudecem... e só uma voz: a da verdade, exclamou: Ela nasceu à beira do lago de Genesaré, sob a voz de Cristo dizendo: “Farei de vós pescadores de homens... Pedro, apascenta as minhas ovelhas, apascenta os meus cordeiros... Dou-te as chaves do reino do céu... Quem vos escuta, a mim escuta... Ide no mundo inteiro, pregai o Evangelho à toda criatura”.
Eis o fundamento da Igreja Católica, posto por Jesus Cristo, sobre os Apóstolos.
Somente esta Igreja é Apostólica...
Somente ela é a Igreja verdadeira de Jesus Cristo.
EXEMPLO - O engano é impossível
Incalculável é o número dos inimigos da Igreja. Ela é o objeto do ódio dos escravos do pecado, por causa do zelo com que persegue o vício - dos hereges, por causa do testemunho que dá a verdade - dos incrédulos, por causa da perseverança com que põe a calvo os sofismas da sua falsa sabedoria e da sua profunda ignorância.
E estes inimigos não se apresentam isolados contra a Igreja; embora estejam eles mesmos, continuadamente em guerra entre eles, fazem causa comum, desde que se trate da Igreja.
Luterano e reformado, mytho e racionalista, herege e cismático, maçom, panteísta, ateu, livre-pensador, todos contrataram uma aliança sagrada contra a Igreja. Mais de um príncipe empresta a esta liga de ódio a espada que lhe foi confiada por Deus para castigar os criminosos.
Esta liga de ódio tem nas mãos a imprensa, que se enche de calúnias contra a Igreja, e tem também recursos pecuniários imensos.
E apesar de toda esta potência que se levanta contra ela, a Igreja Católica, tão ultrajada, tão caluniada, nos jornais, nas escolas, nos livros, apresentada como um cadáver em putrefação, despojada de todo esplendor terrestre, esta Igreja Católica permanece sempre a mesma, faz cada dia novas conquistas.
Mais ela é perseguida por causa da verdade, mais ela se firma na verdade.
Os Impérios caem e ela fica em pé no meio das ruínas.
É bem diante de tal cena que se deve exclamar: o dedo de Deus está aí!... e dizer com Ricardo de São Victor: “Se nós nos enganamos, Senhor, és tu que nos enganaste, pois todas estas coisas têm sido confirmadas por tantos prodígios e por milagres tão estupendos, que não podem se ter realizados sem Vós”.
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(MARIA, P. Júlio. Comentário Apologético do Evangelho Dominical. O Lutador, 1940, p. 252 – 259)
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