Ah! era bem, única e exclusivamente pela Santíssima Virgem que eu ia à Abadia... Por vezes sentia-me sozinha, muito sozinha. Como nos dias de minha vida de semi-interna, quando triste e doente passeava no grande pátio, repetia as palavras que sempre me fizeram renascer paz e alento no coração: "A vida é teu navio e não tua morada!" Quando ainda pequenina, estas palavras davam-me coragem. Ainda agora, a despeito dos anos que apagam as impressões da piedade infantil, a imagem do navio enleva minha alma ajudando-lhe a suportar o exílio... Não nos diz também a Sabedoria "a vida é como uma nau que sulca as ondas agitadas, e de cuja rápida passagem não fica nenhum vestígio?"
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