Por vezes o coração do passarinho vê-se assaltado pela tempestade. Parece-lhe não acreditar que existia outra coisa além das nuvens que o envolvem. É, então, o momento da alegria perfeita para a pobre avezinha tão fraca. Que ventura para ela permanecer, assim mesmo, a fixar a invisível luz que se oculta à sua fé!!!... Até aqui, Jesus, compreendo o teu amor pelo passarinho, pois não se afasta de ti... Mas, às vezes, eu o sei e tu o sabes também, a imperfeita criaturinha, sem sair de onde está (isto é, debaixo dos raios do sol), deixa-se desviar um pouco de sua única ocupação, respigando uns grãozinhos à direita e à esquerda, correndo atrás de algum vermezinho... Mais adiante, encontra uma poça de água, onde molha a plumagem recém-formada. Vendo uma flor que lhe agrada, logo seu acanhado espírito dá atenção à flor... Afinal, não podendo planar como as águias, o pobre passarinho entretém-se ainda com as ninharias da terra.
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