Salve Maria!
Um texto sobre o Evangelho deste domingo - Mc VII 31-37
Porque é que o criador de tudo, Deus, quando quis curar o surdo e mudo, levou os Seus dedos aos seus ouvidos, e, cuspindo, tocou-lhe a língua? O que é representado pelos dedos do Redentor, senão os dons do Espírito Santo? Por isso, quando, noutra parte, expulsava um demônio, disse: Se é pelo dedo de Deus que Eu expulso demônios, certamente é chegado a vós o reino de Deus. Essa frase, segundo um outro Evangelista, é descrita como se fosse dita assim: Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então é chegado a vós o reino de Deus. Portanto, levando em conta essas duas passagens, conclui-se que o Espírito é chamado dedo. Portanto, levar os dedos às orelhas é, pelos dons do Espírito Santo, abrir a mente do surdo à obediência.
O que é, em verdade, que, cuspindo, tenha tocado a sua língua? A saliva da boca do Redentor nos é receber a sabedoria em falar das coisas divinas. A saliva, obviamente, da cabeça flui para a boca. Essa mesma sabedoria, que é Ele mesmo, quando toca a nossa língua, imediatamente toma a forma de palavra de pregação. Ele, olhando para o céu, suspirou - não que Ele precisasse suspirar Àquele que dava o que Ele pedia - mas nos ensinou a suspirar Àquele que preside o céu, para que também os nossos ouvidos, pelos dons do Espírito Santo, sejam abertos, e a língua pela saliva da Sua boca, isto é, pela ciência de falar das coisas divinas, seja solta para a palavra de pregação.
Logo, Ele disse Éfeta, esto é, "Abri-vos!", e, no mesmo instante, abriram-se os seus ouvidos, e soltou-se a prisão da sua língua. Nisso devemos notar que foi por causa do fechamento dos ouvidos que foi dito "Abri-vos!". Mas àquele cujos ouvidos do coração forem abertos à obediência também será solta a prisão da língua, para que, as boas coisas que ele fizer, também diga aos outros que façam. Bem se acrescenta: E falava corretamente. Fala corretamente, pois, aquele que, primeiro, obedecendo, faz aquilo que, falando, admoesta que seja feito.
Um texto sobre o Evangelho deste domingo - Mc VII 31-37
Homilia 10 do Papa São Gregório Magno, tirada do livro 1 sobre Ezequiel, antes da metade
Porque é que o criador de tudo, Deus, quando quis curar o surdo e mudo, levou os Seus dedos aos seus ouvidos, e, cuspindo, tocou-lhe a língua? O que é representado pelos dedos do Redentor, senão os dons do Espírito Santo? Por isso, quando, noutra parte, expulsava um demônio, disse: Se é pelo dedo de Deus que Eu expulso demônios, certamente é chegado a vós o reino de Deus. Essa frase, segundo um outro Evangelista, é descrita como se fosse dita assim: Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então é chegado a vós o reino de Deus. Portanto, levando em conta essas duas passagens, conclui-se que o Espírito é chamado dedo. Portanto, levar os dedos às orelhas é, pelos dons do Espírito Santo, abrir a mente do surdo à obediência.
O que é, em verdade, que, cuspindo, tenha tocado a sua língua? A saliva da boca do Redentor nos é receber a sabedoria em falar das coisas divinas. A saliva, obviamente, da cabeça flui para a boca. Essa mesma sabedoria, que é Ele mesmo, quando toca a nossa língua, imediatamente toma a forma de palavra de pregação. Ele, olhando para o céu, suspirou - não que Ele precisasse suspirar Àquele que dava o que Ele pedia - mas nos ensinou a suspirar Àquele que preside o céu, para que também os nossos ouvidos, pelos dons do Espírito Santo, sejam abertos, e a língua pela saliva da Sua boca, isto é, pela ciência de falar das coisas divinas, seja solta para a palavra de pregação.
Logo, Ele disse Éfeta, esto é, "Abri-vos!", e, no mesmo instante, abriram-se os seus ouvidos, e soltou-se a prisão da sua língua. Nisso devemos notar que foi por causa do fechamento dos ouvidos que foi dito "Abri-vos!". Mas àquele cujos ouvidos do coração forem abertos à obediência também será solta a prisão da língua, para que, as boas coisas que ele fizer, também diga aos outros que façam. Bem se acrescenta: E falava corretamente. Fala corretamente, pois, aquele que, primeiro, obedecendo, faz aquilo que, falando, admoesta que seja feito.
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