6 de maio de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

6 de Maio

O Oceano de Amarguras

O Profeta não sabia a que comparar a dor imensa, o doloroso martírio de Nossa Senhora.

“Cui comparabo te vel cui assimilabo te, filia Ierusalem?”

Só a imensidade e as agitações do oceano lhe podem servir de pálida imagem. Comentando as palavras do profeta, exclama um Autor piedoso:

“Virgem bendita, assim como a amargura do mar excede a todas as amarguras, assim a tua dor excede a todas as dores.”

Por isso, disse Santo Anselmo que, se Deus não tivesse conservado a vida a Maria por um milagre singular, a dor imensa que Ela sofria poderia matá-la a todo instante.

Para compreender o martírio da Mãe de Deus, seria preciso meditar a imensidade do seu amor a Jesus. “Onde está o nosso tesouro – diz o Evangelho – aí está nosso coração,” o tesouro de Maria era Jesus, e quanto mais O amava, mais sofria. Ele, a riqueza dos Céus e da terra, viu-O, pobrezinho e nu, deitado sobre as palhinhas de uma estrebaria. Ele, a Santidade Infinita, viu-O, contado entre os celerados, e viu Barrabás a Ele preferido. Viu-O descarnado e nu, banhado em sangue, poeira e escarros, insultado, blasfemado, no patíbulo infame da cruz. Teria alguém sofrido mais do que Nossa Senhora, tão inocente, Imaculada e bela? E eu, pobre e indigno pecador, não quero sofrer! O frágil batel de minha vida, quero atirá-lo, ó Maria, a velas pandas, no oceano imenso da meditação de vossas dores. Salvai-me!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

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