Oh! jamais compreendei tão bem, como nesta provação, a dor da Santíssima Virgem e de São José, quando procuravam o Menino Jesus... Achava-me num triste deserto, ou antes, minha alma assemelhava-se a uma frágil embarcação entregue, sem piloto, ao capricho das ondas encapeladas... Jesus, eu o sei, estava dormindo em minha barquinha, mas a noite era tão escura que me era impossível vê-lo. Nada me iluminava, nem um relâmpago sequer vinha sulcar as nuvens tenebrosas... Mas se a tempestade tivesse, ao menos, se desencadeado abertamente, eu teria podido enxergar Jesus, um instante... era a noite, a noite profunda da alma... como Jesus no jardim da agonia, sentia-me só, não encontrando consolo nem na terra, nem nos Céus. O Bom Deus parecia ter-me abandonado!!!...
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