Abaixo da luz se senta, em pranto,
a Mãe de Deus,
enquanto aproxima Jesus de seu casto regaço.
Como chora ao contemplar o rosto
de seu Filho dilacerado!
Beija com seus piedosos lábios
as vermelhas chagas de Jesus,
estreita com ambos os braços
seus ombros e seus flancos.
Ó Maria, vermelha rosa,
branco lírio,
doce, pia, amorosa,
aplaca a seu Filho.
Feliz, o deste à luz
entre angelicais cantos;
agora, desprendido da cruz,
O estreitas com feridos braços.
Alma piedosa,
compadece a Cristo e à sua Mãe;
se desejas gozar
com eles no céu.
Jesus, Filho de Deus, apieda-Te de mim
pelas preces de tua devota Mãe,
salva-me por tua cruz,
leva-me contigo ao céu até a verdadeira luz.
Tu, que ao ladrão contrito
prometestes o paraíso,
perdoa-me, pecador,
por teu sangue redimido.
Filhas de Jerusalém,
venham e vejam;
convertam-se ao Crucificado
e ponham-se a chorar.
Jóia de pudor
Maria, fidelíssima guardiã
de seu próprio pudor,
como rola fugia,
e na solidão do coração vivia
como em pequeno ninho de candor.
Guiava seus pensamentos
com santa meditação,
até a posse de consumada virtude
e até os frutos de contemplação.
Assim a dulcíssima Maria
era amiga do sossego,
gostava de permanecer em casa
em vez de sair à rua.
A muito humilde Maria
odiava os tumultos,
fugia das aglomerações
para não sofrer detrimento
nem em sua alma ou em seu nome.
Jóia de pudor,
conceda-nos assim viver.
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“de Maria nunquam satis"
"sobre Maria nunca se falará o bastante"
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"sobre Maria nunca se falará o bastante"
(KEMPIS, Tomás de. Imitación de María: Libro Cuarto, Capítulo VI. pág. 129 - 131)
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