15 de setembro de 2014

Do diabólico delírio dos mórmons - Pe. Leslie Rumble, M.S.C. (12/20)

Os Mórmons
ou
"Santos dos Últimos Dias"

Padre Leslie Rumble, M.S.C.
Doutor em Teologia  
Missionarii Sacratissimi Cordis
"Missionários do Sagrado Coração"

TODAS AS OUTRAS SÃO APÓSTATAS!
As conseqüências da pretensão Mórmon para as outras Igrejas são mais propriamente drásticas. Porquanto os Mórmons sustentam que, desde a morte do último dos Apóstolos, S. João, não houve nenhuma autoridade divina para a administração das ordenações do evangelho. Nenhuma sucessão apostólica foi mantida. Todas as outras Igrejas divorciariam-se do evangelho original, e todos os seus batismos e outros ritos sacramentais têm sido nulos e inválidos. Só agora, 2000 anos depois, é que o apostolado foi restaurado em Joseph Smith. A ele foram dadas, por direta revelação de Deus, as chaves do Reino na Nova Dispensação. E foi-lhe mandado reunir e construir a Nova-Jerusalém na América, a fim de estar pronta para a Segunda Vinda de Cristo e para o Milênio.
Devemos fazer aqui uma pausa para fazer notar a inconsistência de professar-se continuada crença no Novo Testamento, e depois passar-se a asseverar o fracasso da Igreja estabelecida pessoalmente por Cristo, a necessidade de aditar à Bíblia novos livros "inspirados", e o advento de uma "nova dispensação" ordenada por Deus e dada ao mundo por intermédio de Joseph Smith!
É impossível que a Igreja estabelecida pessoalmente por Cristo tenha fracassado. Porquanto Ele disse: "Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18). Se deveras cremos em Cristo, temos de crer que as forças do mal não têm conseguido prevalecer contra a Igreja que ele estabeleceu. Mas as portas do inferno teriam prevalecido contra ela se a Igreja inteira, em todas as épocas até a chegada de Joseph Smith, houvesse apostatado! Se se dissesse que a promessa de Cristo não excluiu a possibilidade do fracasso por um tempo, desde que a Igreja fosse finalmente restaurada, então que é da promessa de Cristo aos Apóstolos: "Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos" (Mt. 28, 20)?
Além disso, toda menção de uma revelação adicional e de uma "Nova Dispensação" é inteiramente oposta ao claro ensino do Novo Testamento. Porquanto neste nos é dito que a plenitude da revelação e dispensação absolutamente finais para o gênero humano foi dada no próprio Cristo e por intermédio dele. Assim lemos que Deus, que em tempos passados falou por meio dos profetas, "por último de todos, nestes tempos, nos falou por seu Filho" (Heb 1, 1-2). "Por último de todos" não deixa lugar para "posteriormente por meio de Joseph Smith".
Tratando deste assunto na parábola dos maus vinhateiros, o próprio Cristo descreve a situação dizendo que o dono da vinha tinha enviado em vão uma série de menores mensageiros: "Tendo, porém, um filho, que lhe era muito caro, também o enviou a eles por último de todos, dizendo: Eles respeitarão meu filho. Mas os vinhateiros disseram-se uns aos outros: Este é o herdeiro; vamos e matemo-lo, e a herança será nossa" (Mc 12, 6-7). Não houve lugar, na mente de Cristo, para qualquer nova dispensação a ser concedida em épocas posteriores.
Também nos é dito que o corpo inteiro da verdade revelada foi dado aos Apóstolos, para ser guardado e manejado por eles e pelos seus sucessores, para ser pregado até os confins da terra. "Tudo quanto ouvi de meu Pai dei-vos a conhecer" (Jo 15, 15). Cristo não disse: "Calei uma porção de coisas que serão publicadas mais tarde no Livro de Mórmon"! A sua revelação não foi uma revelação parcial, tal como a que foi dada por intermédio dos profetas de antanho, mas sim única e completa. E ele ordenou aos seus Apóstolos: "Ide e ensinai todas as nações... a observarem tudo quanto eu vos mandei". E não acrescentou: "Exceto na América, onde vou aparecer aos Nefitas depois da minha ressurreição, escolhendo dentre eles outro grupo de Apóstolos para ali estabelecerem por mim a Igreja"!
Quanto à pretensão Mórmon de que a "plenitude dos tempos" veio somente com Joseph Smith, S. Paulo disse aos Gálatas que a "plenitude dos tempos" já tinha vindo com o nascimento de Cristo. "Quando veio a plenitude dos tempos", escreveu ele, "Deus enviou seu Filho, feito da mulher" (Gál 4, 4).
O nosso dever como cristãos é "pugnar ardorosamente pela fé uma vez por todas transmitida aos santos" (Judas, 3). Isto é, manter intacta, sem alterações ou adições, as doutrinas ensinadas aos primeiros cristãos pelos Apóstolos. A idéia Mórmon de que Cristo só deu um ensino parcial, a ser completado por Joseph Smith, é impossível para quem quer que crê no Novo Testamento e quer merecer o nome de cristão.
Mas, se o Mormonismo fracassa na sua pretensão de ser a revelação de uma nova dispensação, ainda piores se tornam as coisas quando nos volvemos para a sua exposição dos ensinamentos cristãos individuais que ele professa aceitar.

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